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Fãs da Ferrari organizam homenagem no aniversário de Schumacher

R7

 Michael Schumacher, em coma há cinco dias depois de sofrer um acidente de esqui na França, recebeu nesta sexta-feira, dia em que completa 45 anos, o apoio dos fãs da Ferrari em uma manifestação silenciosa que já recebeu críticas.

Dezenas de fãs italianos e franceses da Ferrari, com bandeiras, faixas e gorros, começaram a se reunir na manhã desta sexta-feira diante do hospital de Grenoble (sudeste da França) para homenagear o heptacampeão mundial de Fórmula 1.

"Schumi nos deu muito no passado. A única coisa que poderia fazer era vir aqui para apoiá-lo, assim como sua família, em seu aniversário", declarou à AFP Stefano Pini, contador de Erba (norte da Itália).

O alemão conquistou cinco de seus sete títulos mundiais de Fórmula 1 pela escuderia italiana. Os clubes Ferrari decidiram organizar uma "manifestação silenciosa e respeitosa" diante do hospital de Grenoble, no qual Schumacher está internado desde domingo.

A família de Michael Schumacher agradeceu na quinta-feira pelos gestos de apoio e afirmou que o ex-piloto é um "lutador" e "não desistirá".

Michael Schumacher, o maior campeão da história da F1, está hospitalizado na unidade de terapia intensiva do hospital de Grenoble desde domingo, quando sofreu um grave traumatismo craniano em um acidente de esqui em Méribel, nos Alpes franceses.

A Ferrari pediu aos fãs que exibissem bandeiras e escudos da montadora e que vestissem roupas vermelhas, a cor símbolo de seus veículos.

"É um de meus maiores ídolos. Espero que lute e consiga voltar a ficar entre nós", disse Gabriel Klos, francês de Alta Saboya que levou o filho de 12 anos ao local.

A Ferrari tem 130 clubes de fãs na Europa, mas a manifestação não foi aprovada por todos.

O presidente do Ferrari Roma-Colosseo, Roberto Luongo, se negou a participar por "respeito a um homem que sofre".

"Se eu fosse da família de Michael, não gostaria de tal iniciativa", disse.

O clube de Kerpen, cidade alemã em que Schumacher foi criado, afirmou que o "aniversário não é uma ocasião para festa". Os integrantes do clube se limitaram a desejar a recuperação do campeão.

Cinco dias depois da queda que o alemão sofreu quando esquiava, o piloto permanece na unidade de terapia intensiva do hospital universitário de Grenoble, que não divulgou novas informações sobre o estado de saúde, considerado na quarta-feira crítico mas "estável".

No hospital, Schumacher está acompanhado pela esposa Corinna, o pai Rolf e o irmão Ralph.

Nem o hospital nem a família de Schumacher divulgaram notícias sobre a evolução do estado de saúde aos mais de 100 jornalistas presentes no estacionamento do hospital.

A família se limitou na quinta-feira a agradecer às numerosas mensagens de apoio e destacou que o ex-campeão de F1 é "um combatente que não abandonará" a luta.

"Após o acidente de esqui de Michael, queremos agradecer as pessoas de todo o mundo que têm manifestado sua simpatia e enviado seus votos de recuperação".

Na quarta-feira, a assessora de imprensa do piloto, Sabine Kehm, afirmou que a situação de Schumacher é "crítica mas estável", o que ela considerou uma "boa notícia".

Uma nova entrevista coletiva dos médicos será convocada apenas no caso de evolução da situação.

A promotoria local investiga o acidente e as conclusões serão determinantes, pois o caso poderia assumir um caráter jurídico se algumas responsabilidades forem identificadas.

Segundo a promotoria e a direção da estação de Méribel, Michael Schumacher esquiava em grande velocidade na manhã de domingo ao lado do filho Mick em um setor fora de pista quando bateu com a cabeça em uma pedra.

O capacete do alemão quebrou em duas partes no choque, segundo uma fonte ligada à investigação.

Mas Sabine Kehm negou que Schumacher estivesse em alta velocidade. Ela também informou que heptacampeão mundial de F1 não estava sozinho com o filho quando sofreu o acidente, e sim com um pequeno grupo de amigos.
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