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Carlos Bezerra põe em dúvida lisura de diálogo do PR com PSB e PDT; crê que base republicana não aceita

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Na batalha de bastidores em que se transformaram as articulações em busca de aliados, as insinuações de que “há algo escuso que não pode ser revelado” passaram a figurar com maior intensidade, nos últimos dais. Um dos que mais bate na tecla é o presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, ao questionar “que tipo de vantagem [?]” o PDT e o PSB estariam oferecendo ao Partido da República (PR), para que haja pressa no encaminhamento da aliança.

“Em meu histórico, eu mantenho diálogo político de portas abertas. Eles [do PDT e PSB] conversam não sei o quê, com o PR. E, de repente, estão com muita pressa, o que me parece um tanto quanto obscuro”, cutucou dirigente peemedebista, em entrevista à reportagem do Olhar Direto.

Carlos Bezerra disse que recebeu manifestações de deputados estaduais e prefeitos do PR que não aceitam a forma com que as negociações estão sendo conduzidas, para a aliança com PDT, PSB e PPS. E, por isso, ameaçam não seguir com os caciques para o grupo do senador José Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao governo de Mato Grosso.

O diálogo com Pedro Taques e Mauro Mendes vem sendo conduzido pelos deputados federal Wellington Fagundes, presidente do PR, e estadual Emanuel Pinheiro, secretário geral. “Recebi telefonemas de companheiros [do PR] defendendo a continuidade da aliança. São prefeitos e deputados que não aceitam ir com eles [PDT e PSB]. Então, se o PR realmente for, tudo indica que vai ‘rachado’, dividido nas bases”, observou Bezerra.

Como contragolpe à articulação do PSB e PDT, Bezerra e o presidente do PT, Willian César Sampaio, convocaram uma reunião dos aliados para a próxima a manhã da próxima segunda-feira (13/01). “Vamos conversar sobre nossas afinidades e sobre os próximos passos a serem dados”, desconversou Bezerra.

Considerado “pré-candidato natural do PT” ao governo de Mato Grosso, o secretário geral do Partido dos Trabalhadores, Ludio Cabral, explicou que a reunião é para conversação dos aliados. Vão sentar-se à mesa PMDB, PT e PSD. Também devem ser convidados dirigentes do PP e PR.

Lúdio Cabral negou que seja pré-candidato a governador. “Eu já disse que serei candidato ao cargo que o PT determinar. Isso está muito claro”, esclareceu ele, que é cotado também para brigar por uma cadeira na Câmara dos Deputados.

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