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Notícias / Brasil

Mulher de 80 anos entrega R$ 5 mil a golpista que se passou por sobrinho

RPCTV

 Uma mulher de 80 anos depositou R$ 5 mil na conta de golpistas que se passaram por sobrinho dela a fim de enganá-la. O caso foi registrado em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. Segundo a vítima, um homem a convenceu se tratar do familiar e que estava com problemas no carro. Na conversa por telefone, ele disse que iria visitá-la, quando um problema no veículo o impediu de seguir viagem e encontrá-la.
“Ele [o golpista] telefonou dizendo que estava precisando de R$ 1,5 mil. Eu disse que não tinha muito a disposição porque o dinheiro estava aplicado. Mesmo assim fui ao banco e passei a quantia. Depois, desconfiei e liguei para a casa dele [do sobrinho] e ninguém atendeu. Eu pensei, então é verdade que ele está vindo”, contou.
Mais tarde, ela recebeu uma nova ligação. “Ele disse, madrinha, eu estou chegando, mas agora o meu carro pegou fogo. Estou aqui no meio da estrada e não tem nada aqui. Agora eu vou ter que providenciar dinheiro. Aí ele pediu mais R$ 3,5 mil”, lembrou a vítima. O homem insistiu. Segundo a mulher a voz era idêntica à do sobrinho e ela acabou depositando a quantia.

Já em casa, a idosa telefonou para a casa do sobrinho no Rio Grande do Sul, que atendeu e disse que não estava em viagem. Antes de o banco ser informado, uma mulher sacou R$ 1,5 mil da conta indicada, em uma cidade de Minas Gerais. O caso está sendo investigado e o restante do dinheiro foi bloqueado, situação que nem sempre se repete.
De acordo com a polícia, a prática de convencer pessoas para que depositem dinheiro em contas indicadas pelos golpistas ou adicionar créditos de celulares em números também informados pelos estelionatários é antiga, mas ainda faz muitas vítimas e a história é quase sempre a mesma. Muitas vezes os dados que tornam a história quase real, como nomes de familiares, são repassados pelos próprios enganados.
Mesmo telefonando de outras regiões do país como estados do sudoeste e do nordeste, os golpistas parecem conhecer as cidades para onde telefonam. “A pessoa quando cai no golpe quase sempre diz o nome da família, passa o número de documento ou de telefone e até o endereço. O indivíduo que está tentando aplicar o golpe se prevalece destas indicações”, explicou o delegado Davi Passerino ao orientar as pessoas para que fiquem atentas a chamadas de outras cidades, que mantenham a calma, raciocinem, não se identifiquem, levantem o máximo de informações e depois as chequem.
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