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Ministério Público do Rio denuncia 30 policiais militares acusados de execução

Folha Online

O Ministério Público do Rio ofereu na segunda-feira (6) 13 denúncias (acusações formais) por homicídio contra 30 policiais militares acusados participar da morte de pessoas inocentes durante operações policiais. A promotoria também pediu à Justiça a prisão temporária de todos os envolvidos.

Ainda de acordo com o MP, as mortes foram registradas nas delegacias, pelos policiais militares --que atuam no 9º Batalhão da PM (Rocha Miranda) e do 16º Batalhão PM (Olaria)--, como "autos de resistência", quando as mortes ocorrem durante confronto policial.

Apesar disso, o promotor Alexandre Themístocles afirmou que as provas técnicas confirmam execução sumária das vítimas, e não morte durante confronto como afirmaram os policiais. "Isso é atividade típica de grupo de extermínio", afirma ele.

Segundo o ministério, das 20 mortes ocorridas entre 2007 e 2008, com o envolvimento de policiais militares, apenas duas vítimas tinham passagem pela polícia, todos com idade entre 14 e 29 anos.

Polícia Militar


Na manhã desta terça-feira, o coronel Gilson Pitta Lopes deixou o comando da Polícia Militar do Rio. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado, o cargo será assumido pelo ex-comandante do Bope, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte.

Pitta ficou no comando da PM do Rio desde o início de 2008, quando ocupou o cargo deixado pelo coronel Ubiratan Angelo, que foi exonerado. Na ocasião, Beltrame se mostrou insatisfeito com o comando diante de passeata feita por policiais militares, em protesto contra os baixos salários.
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