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Mulher consegue ter filho após sofrer 20 abortos espontâneos

Bem Estar

 Uma mulher que sofreu 20 abortos espontâneos ao longo de dez anos conseguiu finalmente ter um filho após se submeter a um tratamento originalmente destinado a combater malária e artrite reumatoide. O caso aconteceu na Inglaterra.

Kelly Moseley, de 37 anos, e seu marido Alan, de 41, vinham tentando ter um filho desde 2002. Ela, que já tinha duas filhas de um outro relacionamento, de 18 e 15 anos, perdeu 18 fetos por volta das 8 semanas de gestação e dois meninos aos cinco meses. Ainda assim, o casal se recusava a desistir, mesmo que essa fosse a recomendação de seu médico naquela época, diante do sofrimento que as perdas sucessivas estavam causando.

Um dia, Kelly viu o especialista em abortos espontâneos Hassan Shehata na TV e resolveu procurá-lo no hospital em que trabalha, em Londres. O médico há cerca de dez anos investiga porque algumas mulheres têm “células assassinas” do sistema imunológico no sangue que atacam o feto como se fosse um corpo estranho, o que faz com que percam os bebês.

No caso de Kelly, Shehata notou que ela também tinha essa condição, mas num grau tão alto que o tratamento com esteroides, que normalmente consegue baixar o índice dessas células agressivas, é insuficiente.

Por isso, ele resolveu apelar a um medicamento usado contra a malária, para reduzir as defesas naturais da paciente. Ela conseguiu levar a gravidez adiante e, assim, nasceu o pequeno Tyler, que agora tem nove meses de idade.

Kelly e Alan foram até o hospital para apresentar o filho ao médico que viabilizou a gravidez saudável. “Estou muito feliz por eles”, disse Shehata, destacando que Kelly foi uma paciente exemplar.

“Ainda não posso acreditar que Tyler esteja aqui. Eu me recusei a desistir e espero que nossa história encoraje outras mulheres. Nunca esquecerei os bebês que perdi e a dor nunca vai embora. Mas ter o Tyler faz tudo valer a pena e nossas vidas agora estão completas”, disse Kelly, segundo nota divulgada pelo Hospital St Helier.
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