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Confederação nega pedido de Honduras de jogar com símbolo da paz

Ansa

A Concacaf (Confederação das Américas do Noret e Central e Caribe de Futebol) rejeitou o pedido da seleção de Honduras de entrar em campo nesta quarta-feira, em Washington, com um símbolo da paz na camisa, em referência à crise política vivida pelo país com o golpe de Estado que tirou o presidente Manuel Zelaya do poder.

A Fifa veta qualquer tipo de manifestação política ou religiosa em seus eventos.

A seleção hondurenha jogará contra os Estados Unidos pela segunda rodada da Copa Ouro. O treinador da equipe, Reinaldo Rueda, disse que a proposta de entrar em campo com o símbolo da paz partiu dos próprios jogadores.

"Estamos todos muito preocupados com o que está acontecendo no país atualmente. O futebol é importante, porém há muitas coisas que contam mais", ", afirmou Rueda, que disse esperar que "tudo se resolva logo e sem violência".

"Pensamos em levar um pequeno símbolo da paz para mandar uma mensagem de não violência, porém a Concacaf nos explicou que não será possível porque [o gesto] é contrário ao regulamento", afirmou Rueda.

A seleção hondurenha está em segundo lugar no grupo B da Copa Ouro. O time derrotou o Haiti na primeira rodada e agora encara o líder, que goleou a seleção de Granada por 4 a 0.

A violência em Honduras recrudesceu no último domingo, quando Zelaya tentou retornar a seu país para reassumir o poder, mas foi impedido pelos militares, que interditaram a pista de pouso do aeroporto internacional de Tegucigalpa.

Enquanto o avião do presidente deposto sobrevoava o local, milhares de pessoas, que se manifestavam em apoio a Zelaya, foram reprimidas pela polícia, que usou bombas de gás e atirou contra a multidão. Duas pessoas morreram durante os enfrentamentos.
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