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Polícia do PR pede à Justiça mais tempo para concluir inquérito de acidente com ex-deputado

Folha Online

A Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito) do Paraná pediu mais tempo à Justiça para a conclusão do inquérito sobre o acidente que envolveu o ex-deputado Fernando Carli Filho.

De acordo com o delegado Armando Braga, a finalização das investigações ainda depende dos laudos do IC (Instituto de Criminalística). "São peças formais e fundamentais para a conclusão do que realmente aconteceu", explicou Armando Braga.
Um laudo do local onde ocorreram as mortes deve descrever como estavam os veículos e as vítimas depois do acidente e outro vai descrever a trajetória e o ângulo de visão que cada veículo tinha em relação ao outro. A velocidade do carro do ex-deputado também deverá ser conhecida através destes laudos.

De acordo com a polícia ainda não há data para entrega desses documentos. "Não temos uma previsão certa, porém neste momento o que mais conta é a precisão do material. Os técnicos estão trabalhando cuidadosamente para que os laudos sejam muito precisos, por isso, o tempo neste caso não é o mais importante", comentou.

Decolagem


O carro do ex-deputado "decolou" por ao menos dez metros de distância antes de bater no automóvel onde estavam os dois jovens que morreram após o acidente. A conclusão preliminar é da chefe da Diretoria Técnica da Capital do Instituto de Criminalística do Estado, Joice Malakoski, que adiantou o resultado à Folha.

Na madrugada de 7 de maio, o ex-deputado provocou a colisão em que morreram dois jovens, no bairro Mossunguê em Curitiba. Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que ele estava sob efeito de bebida alcoólica, na hora do acidente. Ele tinha 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, quase quatro vezes acima do permitido por lei

Carli Filho foi multado 30 vezes nos últimos seis anos. Do total, 23 infrações foram por excesso de velocidade. Como não recorreu de sete infrações, ele teve a habilitação cassada e não poderia dirigir desde julho do ano passado.

O ex-deputado já foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual (quando é assumido o risco de produzir o crime) porque dirigia bêbado.
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