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Notícias / Brasil

Pai vai à polícia registrar morte dos filhos por afogamento e é preso

Vanguarda

 O registro de um boletim de ocorrência após a morte dos dois filhos por afogamento levou um pedreiro, de 36 anos, à prisão nesta segunda-feira (20) em Jambeiro, no interior de São Paulo. O homem devia a pensão alimentícia das crianças, de 11 e 13 anos, que passavam férias com ele na cidade e morreram afogadas em uma represa no bairro Capivari.
De acordo com a Polícia Civil, os meninos viviam com a mãe no bairro Itaim Paulista, na capital paulista, e em férias, acompanhavam o pai que trabalhava na reforma de um imóvel próximo à represa. O pedreiro contou que os meninos saíram da obra a tarde dizendo que iam comer e desapareceram.

Após duas horas, por volta das 17h30, o pai iniciou a busca na região e ao chegar na represa, que fica a cerca de 17 quilômetros da represa da rodovia dos Tamoios (SP-99), encontrou as roupas dos meninos. Ele entrou na represa, localizou um dos corpos e acionou o resgate para encontrar o segundo filho.
Prisão
Na delegacia, ao registrar o boletim de ocorrência, o banco de dados identificou que o pedreiro devia a pensão alimentícia dos filhos e que havia um mandado de prisão contra ele. O homem foi detido e seguia até a tarde desta terça (21) na carceragem do Distrito Policial de Caçapava. O valor do débito da pensão é mantido em segredo pela Justiça.
De acordo com o delegado plantonista, Fernando César de Oliveira, o pai não tinha condições emocionais de prestar depoimento antes da prisão. Um inquperito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte dos meninos. "Ele estava bastante abalado, chorando e vai ser ouvido depois. Se ele pagar a pensão devida, pode ser liberado", disse ao G1. Se não pagar a pensão, ele pode ficar preso por até 90 dias.
Se comprovada negligência do pai, ele poderá responder pelo crime de omissão. No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como morte suspeita por afogamento.
Velório
Os corpos dos meninos foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) de São José dos Campos e a família, que não quis se manifestar sobre o ocorrido, não informou onde será o velório e sepultamento.
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