Imprimir

Notícias / Brasil

SuperVia é autuada pelo Procon-RJ e multa pode chegar até R$ 7 milhões

G1

 O Procon-RJ autuou a SuperVia por problemas no atendimento aos passageiros após o descarrilamento que ocorreu na quarta-feira (22) na altura da estação de São Cristóvão, Zona Norte do Rio. A concessionária tem um prazo de 15 dias para apresentar defesa, como mostrou o Bom Dia Rio. A falta de informação adequada aos passageiros e a venda de bilhetes mesmo após a paralisação do sistema são as causas alegadas pelo órgão para aplicar a multa, que pode chegar até R$7 milhões.

De acordo com o Carlos Eduardo Amorim, diretor jurídico do Procon, fiscais foram até as estações de trem para avaliar a prestação de serviço da companhia. Eles constataram que o sistema de áudio não informava adequadamente, que havia pessoas andando pelos trilhos de trem e que não houve uma recondução dos passageiros para outros transportes. Ele disse ainda que a SuperVia vai ser chamada para dar esclarecimentos.

"Eles vão ser chamados para se justificar, explicar o que está ocorrendo, apresentar o plano de contingência deles, demonstrar que o plano foi realmente justificado. Mas, a gente acha difícil porque estava realmente um caos”, disse ele, que acrescentou que os passageiros deveriam ter recebido o dinheiro de volta ao invés de vales-viagem.
O Ministério Público do Rio, por meio da 6ª Vara de Justiça Empresarial, vai enviar fotos e imagens de tudo que foi recolhido e que possa comprovar irregularidades no sistema. Essas infrações já estariam desrespeitando uma liminar da 3ª promotoria de Defesa do Consumidor que exige a qualidade no serviço. O não cumprimento das normas já cabe multa de R$300 mil.

Alexandre Rojas, engenheiro especialista em transportes, defende o estabelecimento de metas para que os problemas sejam solucionados de forma permanente.“Tem que estabelecer índices claros e divulgados periodicamente, de forma aberta quanto a qualidade dos serviços prestados. Multa geralmente não resolve nada. O ideal é não ter que aplicar multa e que esse dinheiro possa ser investido no sistema de transporte.”
Imprimir