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PSDB pede à PGR para investigar fala de Padilha em cadeia de rádio e TV

G1

 O PSDB protocolou nesta sexta-feira (31) representação para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue se o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, usou pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para fazer "promoção pessoal".

Nesta quarta (29), um dia antes de a presidente Dilma Rousseff anunciar a indicação de um novo ministro para a pasta, Padilha fez um pronunciamento para informar sobre o lançamento da campanha de vacinação contra o HPV, que começa em março.

Ele deixará o ministério para se candidatar ao governo de São Paulo pelo PT nas eleições de outubro. Quem passará a comandar a pasta é o atual secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro.

Para o PSDB, Padilha não usou a cadeia de rádio e TV apenas para falar sobre a campanha de vacinação, mas também para citar realizações do Ministério da Saúde durante sua gestão.

A representação do PSDB, assinada pelo líder do partido na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), argumenta que "o ministro, adotando uma postura que caracteriza promoção pessoal, fez um balanço dos atos de sua gestão à frente do Ministério da Saúde, que se encerra nos próximos dias, em decorrência de suas notórias pretensões de concorrer ao governo do Estado de São Paulo, o que muito interessa às lideranças de seu partido"

De acordo com Sampaio, o ministro usou quase metade dos quatro minutos de pronunciamento para fazer um "balanço dos atos de sua gestão", o que configuraria "improbidade administrativa".

"Sob o pretexto de prestar informações sobre a campanha de vacinação contra o HPV, que só será iniciada no dia 10 de março de 2014, o pronunciamento do ministro Alexandre Padilha, dias antes de deixar o cargo, possuiu nítido cunho eleitoral, caracterizando-se como promoção pessoal de autoridade pública", concluiu o texto do PSDB.
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