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Pais devem redobrar a atenção com os bebês por causa do calor intenso

G1

Com temperaturas na casa dos 40º C durante boa parte do verão, os pais precisam ter atenção e cuidados redobrados com a saúde dos bebês. Apesar das crianças pequenas sentirem o mesmo calor que os adultos, elas se desidratam mais facilmente. Por isso, existe uma recomendação médica que pede atenção na escolha das roupas, principalmente na hora de dormir e de sair para passear, hidratação constante e proteção para a pele.

A noite de sono dos bebês é prejudicada, muitas vezes, pelo calor intenso no quarto. A médica pediatra Maria Helena Ventura explica que o ar-condicionado resseca o ar ambiente e pode deixar o neném com o nariz congestionado e tosse, porém, o aparato é quase indispensável para as noites muito quentes. “Apesar do ar-condicionado deixar o ar mais ressecado, não tem como ficar desligado. O ideal é deixar em uma temperatura mais amena, tipo 23°C ou 24°C”, explica.

Ainda durante o sono, a pediatra ressalta a importância de não deixar o ar direto no corpo da criança. “Se a opção for ventilador de teto, o ideal é deixar no exaustor, porque pelo menos circula o ar. O certo é nunca deixar o ar direto na criança. Para dormir, deixar o mínimo de roupa possível, uma fralda e uma camisetinha de algodão branca, bem fina. O importante é deixar o peito protegido, mas pode deixar a criança bem pelada, porque eles sentem o mesmo calor que a gente”, diz a médica.

A gestora em moda Luísa Mollo Figueiredo é mãe da Júlia, de um ano e três meses. Ela diz que a filha sente muito calor. “Eu coloco pelo menos uma regatinha para o peito dela não ficar descoberto, porque ela não se cobre. Às vezes até coloca um pijama completo, mas tudo curto. A gente não direciona o ar para ela porque não é bom. Durante o dia ela fica na piscina ou dou um banho na banheira e deixo ela um tempo brincando. Às vezes do nada ela deita no chão, acho que é para se refrescar”, afirma Luísa.

Os cuidados com o bebê no calor devem ser seguidos principalmente na rua. Segundo a pediatra Maria Heloisa Ventura, a exposição ao sol deve ser feita com cautela. “O sol tem a parte boa, mas estamos com uma luminosidade muito intensa e o sol muito forte, então o melhor é tentar sair com o neném antes das 8h30, porque às 9h, 9h30 como a gente orienta, já está muito tarde. A pele deles é mais branca e mais fina, então as chances de sofrer uma insolação são muito maiores do que nos adultos. E a criança sofre mais com a desidratação. Então só a exposição solar muito intensa já é capaz de desidratar a criança. Muitas vezes ter uma evolução pior”, diz.

Segundo a médica, a hidratação é um dos principais cuidados a serem seguidos. “Sair com uma garrafinha de água, hidratar com água de coco, suco, evitar refrigerante, que tem um poder de hidratação muito menor. Outra opção é o sorvete de fruta. Eu faço em casa, congelo picolé caseiro com suco de fruta e a criança vai se hidratando. Até os seis meses o leite do peito, porque o leite materno tem naturalmente um teor de água. A roupa deve ser fresca, de algodão, quanto mais clara possível, passar bastante hidratante, principalmente nas dobrinhas no pescoço do bebê”, explica.

A pediatra afirma que o calor pode deixar os bebês com irritabilidade e, se não der para evitar a rua nos horários mais quentes, é preciso proteger a criança. “Deve passar protetor solar em crianças acima dos seis meses. Há várias fórmulas para a pele da criança, além disso, a proteção com chapéu e guarda-sol no carrinho. Em casa, uma banheira com um pouquinho de água a criança curte bastante, com supervisão o tempo inteiro, porque um pouquinho de água já pode causar uma tragédia”, finaliza Maria Heloisa.
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