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'É um direito dele', diz presidente da Câmara sobre gesto de André Vargas

G1

 O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta terça-feira (4) que o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), tem o "direito" de protestar contra as condenações do julgamento do mensalão.

Sentado na cerimônia de abertura dos trabalhos no Congresso ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, André Vargas (PT-PR), manifestou apoio a petistas condenados pela Corte fazendo um gesto usado pelo PT como sinal de "resistência" – o punho cerrado erguido para o alto.

Para Henrique Alves, atitude do colega não configura quebra de decoro parlamentar. "Foi uma manifestação pessoal de um parlamentar. Logicamente que foi uma atitude de protesto, o partido e ele estão discordando dos procedimentos do Judiciário. É um direito dele", disse o presidente da Câmara.

Você pode discutir se foi gentileza ou não, se foi cordialidade ou não, mas não tem essa dimensão e essa proporção de quebra de decoro"

Henrique Eduardo Alves,
presidente da Câmara
Em vários momentos da solenidade, Vargas repetiu o gesto, usado por José Genoino e José Dirceu quando foram presos, e também tirou fotos dele mesmo ao lado de Joaquim Barbosa. Apesar do constrangimento, o ministro do STF permaneceu calado e não respondeu às provocações.

Nesta terça, a liderança do PSDB na Câmara informou que pretende entrar com uma representação contra André Vargas na corregedoria da Casa pelas provocações do petista a Barbosa.

Henrique Alves disse que se o pedido de investigação for protocolado, ele será avaliado. Mas destacou considerar que o gesto de Vargas só pode considerado eventualmente uma "falta de gentileza".

"Não acho que tem essa dimensão de quebra de decoro parlamentar. Você pode discutir se foi gentileza ou não, se foi cordialidade ou não, mas não tem essa dimensão e essa proporção de quebra de decoro", opinou.
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