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Delegado, presidente corintiano se irrita: não sou Batman para prender 300

Terra

 O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, se irritou com as cobranças para a prisão dos torcedores que invadiram o centro de treinamento do clube no último sábado, ameaçando e agredindo funcionários e jogadores. Delegado, o dirigente entregou nesta quarta-feira à Polícia Civil documentos do ocorrido e imagens das câmeras internas do CT Joaquim Grava.

"Eu sou presidente do Corinthians, e na função de presidente do Corinthians, não posso fazer isso (prender os invasores). Fora que eu não estava no CT, estava saindo de casa. Existe um comando de policiamento que comandava. Não sei quantos policiais tinham lá. Você quer que eu saia sozinho prendendo 300 pessoas como He-Man, Conan, Batman? Vai brincar de bangue-bangue em outro lugar", exasperou-se Gobbi, citando heróis de histórias em quadrinhos de forma irônica.

"Todos os elementos foram entregues. Provas que o Corinthians colheu, fotos, nomes das vítimas. As imagens foram entregues, sim, transformadas em fotos, até. Tem elementos para se chegar com uma certa tranquilidade aos envolvidos. Gostaria que (as pessoas envolvidas) fossem banidas de qualquer prática de esportes no Brasil, porque elas não vão parar", disse o presidente.

Gobbi repetiu o discurso de sua entrevista da última segunda-feira no CT do Corinthians, quando eximiu o clube de qualquer responsabilidade pela invasão e cobrou das autoridades uma postura firme no combate à violência.

"Luto contra isso faz tempo. E tudo aquilo que eu poderia fazer, eu fiz. Não compete ao Corinthians reprimir ou repudiar a violência. Ao Corinthians compete ter um clube, dar lazer ao seu sócio, ter um grande time e jogar. Daí para frente não é responsabilidade do Corinthians. Não cobre do Corinthians o que não pertence ao Corinthians", afirmou.
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