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Pelé reconhece direito de greve, mas diz que "não é o momento"

Terra

 Rei do futebol, e sempre com uma opinião para dar, e muitas vezes causar polêmica com elas. Este é Pelé, que ao ser indagado pelos jornalistas, num evento na tarde desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, comentou sobre a possível greve de jogadores que atuam no Campeonato Paulista.

Para Pelé, "não é o momento para isso, mas nós jogadores temos o direito de reivindicar. Por mais segurança, claro". O tricampeão do mundo com a Seleção Brasileira falou especificamente sobre a invasão por parte dos torcedores corintianos ao CT do clube, em São Paulo - em evento promocional de uma marca de relógio num shopping da zona sul da capital fluminense.

Membros de uma torcida organizada invadiram o local, no último sábado, aterrorizando funcionários, acuando dirigentes e até apertando o pescoço do peruano Paolo Guerrero, autor dos dois gols do título mundial do Corinthians, em 2012, no Japão. Os jogadores alvinegros cogitaram sequer entrar em campo no dia seguinte, na derrota para a Ponte Preta, por 2 a 1, em Campinas.

Apoiado por outros atletas de clubes rivais, com participação do sindicato dos atletas profissionais de São Paulo e também do movimento Bom Senso F.C., a greve dos jogadores chegou a ser discutida já para a rodada deste meio de semana, mas ainda não tem data certa para ocorrer.

Atrasos da Copa

Mais uma vez, Pelé também foi questionado a cerca dos atrasos nas entregas dos estádios que serão sede da Copa do Mundo da Fifa, em junho. O ex-craque, que foi um dos embaixadores da campanha que elegeu o Brasil como país anfitrião do torneio intercontinental, lamentou que arenas, como a de Curitiba, por exemplo, que pode ficar até fora da competição, ainda não tenha sido entregues.

"Quem trabalhou quatro anos como eu para que o Brasil tivesse a Copa do Mundo, depois de a gente viajar o mundo inteiro pedindo voto, para votarem no Brasil, a gente não organizar bem uma Copa do Mundo preocupa. Mas eu tenho confiança no Brasil", explicou.

Pelé ainda chamou a atenção para a falta de planejamento turístico visando o Mundial da Fifa já, que, na sua opinião, "era o momento de o Brasil faturar muito com esses três eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas). De ter turismo aqui e entrada de dinheiro".
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