Dentro do universo dos supercarros, existe um título que serve de alimento para rivalidades e pesquisas intermináveis: o de automóvel de produção mais veloz do mundo. Por "produção", entenda-se que não adianta ser um carro envenenado por cientistas, nem um protótipo único, e sim algo que pode ser adquirido de fábrica por alguns milhões de dólares por qualquer cliente em potencial.

Desde 2010, este título pertence ao Bugatti Veyron Super Sport, que cravou 434,39 km/h na pista de teste de Ehra-Lessien, na Alemanha. O Veyron, como você já deve saber, foi um projeto colossal desenvolvido pelo grupo Volkswagen em busca do automóvel mais complexo, potente, veloz e caro - com preços a partir de 1,5 milhão de euros, estima-se que seu custo da fabricação seja cinco vezes maior!


Do outro lado do Atlântico, mais especificamente no Texas, os americanos da tradicional preparadora Hennessey decidiram subir ao trono de um jeito mais espartano. Utilizando como base o Lotus Exige - um esportivo inglês leve e simples, completamente o oposto do Bugatti - eles instalaram um monstruoso motor V8 do Corvette, e adicionaram não um, mas dois turbocompressores para geraram assustadores 1.240 cavalos.


O Venom GT já havia conquistado no ano passado a melhor marca mundial na aceleração de 0 a 300 km/h, em 13,63 segundos. Faltava, porém, uma pista adequada para tentar estabelecer um novo recorde de velocidade máxima. O Veyron Super Sport conta com Ehra-Lessien, um dos poucos ovais de alta velocidade existentes no mundo - e cujo acesso o grupo VW certamente não daria para um bando de texanos loucos para quebrar seu próprio recorde.