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PF investiga uso de dedos de silicone para fraudar ponto em porto do PR

Bom Dia

A Polícia Federal investiga quantos funcionários estão envolvidos na fraude do ponto eletrônico no Porto de Paranaguá, no Paraná. Os servidores usavam dedos de silicone para registrar a presença de colegas faltosos.

Nas fotos cedidas pela polícia, estão 25 moldes de silicone apreendidos no Porto de Paranaguá. São dedos falsos, com cópias de impressões digitais de funcionários. Um esquema para fraudar o ponto biométrico.

A denúncia partiu da própria administração do Porto. "Nós estávamos fazendo um trabalho no sentido de recompor o quadro da companhia. Quando nós identificamos o indício deste fato, aí sim que nós envolvemos o Ministério Público”, afirmou o superintendente do Porto de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino.

Catorze servidores estão sob suspeita. Mas o grupo pode ser maior. Os moldes estavam em armários e gavetas dos acusados.

“Coube a nós a alternativa de arrombar os cadeados, e ali que nós encontramos os dedos, alguns eram nominativos”, contou o delegado da Polícia Federal Jorge Luiz Fayad Nazário.

De acordo com as investigações, os funcionários envolvidos usavam os moldes de silicone para registrar o ponto de colegas que não apareciam para trabalhar. A polícia está analisando o histórico dos relógios digitais, instalados no porto em abril do ano passado. E também quer saber se as imagens gravadas pelas câmeras de segurança podem dar outros detalhes sobre a fraude.

Além de perder o emprego, o grupo pode responder por formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculato. As fraudes foram identificadas em dois dos 24 relógios espalhados pelo porto, que tem 700 funcionários. Um dos equipamentos está no Pátio de Triagem de Cargas. O outro, no Centro Operacional – onde fica o cais.

“Então, a gente testou todos os moldes e houve a impressão do ticket comprovando que pertencia a determinado servidor”, explicou o promotor do Ministério Público Leonardo Dumke Bussatto.
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