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Lyoto Machida: 'Levei um susto com a notícia, fui pego de surpresa em casa'

Combate

 Um susto. Foi assim que Lyoto Machida definiu o que sentiu quando foi informado que substituiria Vitor Belfort no evento principal do UFC 173, dia 24 de maio em Las Vegas. A luta contra Chris Weidman, que valerá o cinturão dos pesos-médios do UFC, chegou antes dos planos de Lyoto, que mesmo assim garantiu, em entrevista por telefone ao COMBATE.COM, que estará pronto para o duelo.

– Na verdade, foi surpreendente a notícia de que eu lutaria pelo cinturão no lugar do Vitor. Saber de tudo isso de repente foi um susto. Mas é sempre bom poder lutar pelo cinturão, ainda mais após somente duas lutas na categoria. Estava em casa, e o Ed (Soares, seu empresário) me ligou dizendo que tinha uma boa notícia. Estou de férias após a luta contra o Mousasi, mas já vou volto a treinar. Eu queria lutar no fim de maio ou em junho, esse era o plano para me manter sempre em atividade. Mas faltam ainda cerca de 12 semanas para a luta, tempo suficiente para me preparar.
Lyoto confirmou também que o pé esquerdo lesionado contra Gegard Mousasi, em Jaraguá do Sul, está praticamente curado.

– Fomos ao doutor Márcio Tannure para fazer os exames, e ele diminuiu a suspensão de seis meses para apenas um mês. Não havia fratura no local, apenas um inchaço grande que me dificultava andar. Já estamos na fase final de tratamento, e estou quase 100%. Não vai haver problema algum.

Perguntado sobre o que achava da proibição total do TRT feita pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC), Lyoto disse que cada caso deve ser avaliado individualmente.

– Eu sou um atleta, então é difícil falar. Mas existem casos e casos. Não é todo mundo que pode tirar proveito disso, mas se for provado que há uma deficiência natural do corpo, acho que não se pode impedir um cara de lutar. É duro, mas tem que ver o que é legal e o que não é legal. Se a NSAC permitiu que tudo acontecesse como vinha acontecendo até agora, estava tudo dentro da lei. Como agora é ilegal, acabou. Não pode mais, e temos que seguir o que é legal e correto, sempre dentro das leis.

A declaração de Vitor Belfort de que o UFC o teria oferecido a luta contra o próximo campeão dos médios não chegou até Lyoto Machida.

– Nada foi falado sobre o Vitor Belfort, mas eu prefiro fazer uma coisa de cada vez. Não falei com o Vitor, não tenho muito contato com ele. Tenho muito respeito por ele, mas não temos esse contato assim tão próximo.O brasileiro também reafirmou que Weidman tem brechas em seu jogo em pé, mas preferiu não citá-las. Para Lyoto, a luta contra o campeão deverá ser muito intuitiva.

– Todo mundo tem uma brecha, seja em pé e no chão. Vou tentar achar essa brecha dele. É difícil falar agora qual seria. Para mim, a luta tem que ser mais intuitiva do que pensada. Temos que ver o que acontece na hora do combate e executar o que foi treinado.

A possibilidade de ser o terceiro lutador na história do UFC a deter cinturões em duas categorias diferentes – ele é ex-campeão dos meio-pesados – também mexe com Lyoto.

– É sempre uma motivação, mais do que uma pressão. Conquistas e recordes sempre motivam. Mas tudo tem que ser visto como consequência da luta. Depois dela você festeja e comemora. Agora é hora de pensar em treinar e me preparar bastante para a disputa do cinturão.
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