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Nova avaliação pode levar preço do estádio do DF a R$ 1,9 bi

Terra

 De acordo com o jornal Folha de S. Paulo deste domingo, o Tribunal de Contas do Distrito Federal aponta indícios de um superfaturamento de R$ 431 milhões na reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. O valor seria fruto de uma série de irregularidades, como compra indevida de material de construção, erros de cálculo no custo do transporte e atraso na solicitação de descontos na cobrança de impostos.

Os contratos analisados pelo tribunal apontam um custo de R$ 1,4 bilhão na obra do estádio, contra a previsão inicial de R$ 700 milhões. Segundo auditores, o transporte de cada metro cúbico do material usado na obra do estádio custou R$ 592, quando deveria custar apenas R$ 3,70. No transporte do material, o prejuízo apontado seria de R$ 879 mil.

O superfaturamento vai ser julgado em cinco processos. O TC deu 120 dias a partir de janeiro para que o governo do DF justifique os gastos. Encerrado os prazos, os auditores analisarão as explicações apresentadas e definirão o valor considerado excessivo nas contas do estádio. Segundo eles, escolhas feitas pelos engenheiros da obra elevaram o orçamento – o processo de corte e dobra do aço, por exemplo, elevou o custo do estádio em R$ 62 milhões.

Também de acordo com a publicação, o estádio ainda pode custar mais R$ 500 milhões aos cofres do Distrito Federal – a obra não conta com investimento federal ou privado. Com licitações que ainda não foram finalizadas, o preço deve chegar a R$ 1,9 bilhão. A Coordenadoria de Comunicação do DF para a Copa de 2014 se defende e diz que o preço da obra pode cair para R$ 1,2 bilhão “em virtude da previsão de abatimento de créditos”.
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