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Pai de estudante esquartejada no MA diz que namorado era carinhoso; polícia traça perfil do suspeito

R7

 Ainda sem entender direito o que pode ter motivado o assassinato da filha, Walderino Mendes da Silva conta que a estudante de 22 anos estava em uma ótima fase. Ele descreve o genro, principal suspeito do crime, segundo a polícia, como sendo um bom rapaz.

— Ele era uma ótima pessoa. Durante esses quatro anos ele sempre foi atencioso comigo, respeitador, muito carinhoso com a minha filha. O corpo de Dahlia Ferreira foi encontrado esquartejado na última quinta-feira (27) em sacos na lixeira do prédio onde ela e o namorado moravam. A jovem estava desaparecida havia quatro dias. O companheiro, Raphael Carvalho, de 24 anos, suicidou-se logo que o corpo foi descoberto.

Os dois moravam juntos havia três anos. Segundo o pai da jovem, ela nunca relatou qualquer briga entre os dois. Dahlia sumiu no domingo, 22 de março, após voltar de uma festa com o Raphael. O namorado disse na ocasião que ela havia saído para ir a praia, logo cedo, e não voltou mais. Walderino disse que estranhou o fato de a filha não ter levado o celular, mas que o genro falou que o aparelho era muito caro e disse a ela que não levasse, pois poderia ser roubada.

Quatro dias após o desaparecimento, vizinhos começaram a sentir um cheiro forte vindo da lixeira, atrás do prédio. No domingo em que a jovem desapareceu, o namorado dela havia trancado o local com um cadeado. Os moradores do condomínio foram pedir-lhe a chave, mas o rapaz disse que não tinha mais. Os vizinhos disseram, então, que arrombariam o cadeado.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Jeffrey Furtado, logo em seguida, Raphael se trancou no apartamento e se matou enforcado com um lençol. O corpo da estudante foi encontrado em sete pedaços, colocados em sacos de lixo. O delegado acrescentou que a perícia identificou que as partes foram serradas. No apartamento do casal, foram achados sacos de lixo semelhantes aos em que estavam o corpo e uma serra.

Walderino (foto) diz que a filha sempre trabalhou e que era muito inteligente e que tinha planos com o companheiro.

— Ultimamente, ela tinha organizado a vida financeira dela, comprou um apartamento que iria receber agora em abril, estava mobiliando. Todo o projeto deles era para mudar agora no final de abril para esse novo apartamento. Ela estava em uma fase muito boa.

Atualmente, Dahlia trabalhava como assistente do pai em um escritório de representação na área metalúrgica, que funcionava no térreo do prédio onde morava com o companheiro. A jovem estava se formando em jornalismo e só faltava apresentar o trabalho de conclusão de curso, segundo o pai.

O delegado do caso já ouviu familiares e vizinhos do casal. Ele ainda busca elementos que deixem claro porque o namorado mataria a jovem e se fez isso sozinho.

— A gente está tentando montar um perfil sociopsicológico do casal para tentarmos entender o que aconteceu, qual a motivação. Os indícios são de que ele fez isso. Mas a gente não largou a hipótese de que poderá ter tido a participação de alguém.




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