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Após brilho no Equador, Negueba celebra ano de recomeço e revela que irmãos o impediram de abandonar carreira há um ano

Globo Esporte

 Um dos jogadores mais aguardados por torcida e imprensa no desembarque, Negueba não fez por menos. Foi um dos últimos a surgir no saguão, de boné e óculos estilosos. Respondeu a dezenas de perguntas, tirou fotos e ouviu elogios dos torcedores. Uma badalação incomum para um jogador que há um ano cogitava encerrar a carreira.

— Foi o momento mais difícil, o momento em que as coisas se afastaram um pouco. Pensei em parar de jogar futebol também. Foi bastante complicado. Mas graças a Deus eu dei a volta por cima. E junto com minha família — revelou o jogador, referindo-se ao drama vivido quando, em baixa no Flamengo, foi por empréstimo para o São Paulo, mas rompeu os ligamentos do joelho direito e ficou fora por seis meses.

— O que me fez ficar foi a motivação dos meus irmãos (Gabriel e Gustavo), que me falavam “Irmão, vai jogar!”. Foi minha família mesmo que me motivou bastante.

O que já estava ruim ficou pior quando, em outubro, o jogador foi dispensado pelo Tricolor paulista e o Flamengo não o aceitou de volta. Entre o limbo em que se encontrava há seis meses e o brilho em Guayaquil, o técnico Jayme de Almeida tem papel fundamental. Foi ele quem pediu pela volta do antigo xodó.

— Significa um pai, um avô, a pessoa que me deu oportunidade, que me pediu para voltar ao Flamengo — disse.

Apesar dos percalços e do sofrimento, o sorriso característico permanece em seu rosto, assim como as já famosas passadas largas, e a corrida com os braços abertos. Mas Negueba garante ter amadurecido com toda esta história. Segundo ele, o lado folclórico ficou para trás.

— Já superei esse momento de empolgação, né? Agora tenho a cabeça mais no lugar, mais centralizado no que eu tenho que fazer. Já passou um pouco esse Negueba folclórico — afirmou o atacante, sem, no entanto, renegar sua marca mais conhecida, a “alegria nas pernas". — Acho que continua (risos). Pelo que fiz, pela correria...
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