Com a Páscoa e a Semana Santa chegando, a procura por peixe aumenta. Por enquanto, a movimentação ainda é tímida no mercado do Aeroporto Velho e no Mercadão 2000, em Santarém, oeste do Pará, mas a busca deve intensificar no período de 14 a 18 de abril. Para manter a tradição católica está mais difícil, já que o preço do peixe na cidade está encarecendo.

Os vendedores atribuem a queda na procura ao aumento do preço. “O movimento até agora está fraco, por causa do preço que subiu por causa da Semana Santa”, afirma o vendedor Francisco Barbosa.

O preço por quilo dos peixes lisos varia entre R$ 4 a R$ 10. O surubim é o mais caro dessa espécie. Os que são mais difíceis de capturar por causa da enchente, como o pacú, curimatã e tucunaré variam entre R$ 8 e R$ 10, mas a tendência é o preço subir ainda mais.

Outro vendedor atribui o aumento do preço à falta do pescado. “O peixe tá caro mesmo, por causa da falta do peixe”, diz o vendedor Antônio Portela.

Mesmo com o aumento do preço, há consumidores fiéis à tradição católica. “Ninguém pode comer carne na quaresma; tem que respeitar, fazer as coisas de Deus”, declara a aposentada Francisca da Conceição.

De acordo com o diretor de finanças da companhia de pesca Z-20, Jandeilson Pereira, o período de cheia dificulta a captura dos peixes mais procurados, como o pacú e curimatã. “Os peixes lisos são mais fáceis de pegar nesse período de enchente, por isso essas espécies como o mapará e fura-calça vão estar mais baratos”, informa.