Imprimir

Notícias / Brasil

Médico que trabalhar em Ferraz ganhará 30% a mais, diz Estado

G1

  O governo do Estado de São Paulo vai pagar até R$ 17,7 mil por mês para médicos que trabalharem em hospitais estaduais de administração direta, como é o caso do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos. O incentivo também vale para quem trabalhar em regiões de periferia da capital paulista, como Taipas, Guaianases e São Mateus. O valor será 30% superior em relação ao salário-base dos profissionais que atuam em regiões mais centrais.

As reclamações de pacientes da unidade de Ferraz por causa da falta de médicos são frequentes. A medida é uma tentativa de resolver o problema.

Além de garantir o aumento da remuneração dos médicos que atuam em unidades de saúde de difícil fixação, as alterações realizadas na lei vigente garantem também um bônus, que varia de R$ 1.330 a R$ 1.957,50 aos profissionais que possuírem títulos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O objetivo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, é atrair profissionais altamente qualificados para a rede pública de saúde.

“O plano de carreira para os médicos é fundamental para garantir que os profissionais tenham interesse e incentivos em exercer a profissão no serviço público de saúde, principalmente em unidades localizadas em regiões afastadas dos grandes centros urbanos, garantindo atendimento de qualidade à população e com todos os direitos trabalhistas assegurados” diz David Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

A lei estabelece três classes: Médico I (até 10 anos de serviço público), Médico II (mais de 10 anos até 20 anos) e Médico III (acima de 20 anos). O valor da remuneração de até R$ 17,7 mil será para o profissional de classe III com carga horária semanal de 40 horas, que receba o teto do Prêmio de Produtividade Médica, além de outras gratificações, trabalhe em unidades de saúde periféricas e tenha título de pós-doutorado.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, os médicos enquadrados na classe III receberão, com teto de produtividade e demais critérios relacionados à localidade e à especialização, até R$ 9,5 mil por jornada de 24 horas semanais, R$ 7,9 mil por 20 horas semanais e R$ 4,7 mil por jornada reduzida de 12 horas semanais.

A secretaria informa ainda que, da mesma forma, os médicos da classe II irão receber, pelo teto, até R$ 17,2 mil por jornada de 40 horas semanais, R$ 9,1 mil para 24 horas semanais, R$ 7,6 mil para 20 horas e R$ 4,5 mil por jornada reduzida de 12 horas semanais.

Já os médicos da classe I irão receber até R$ 16,7 mil por jornada de 40 horas semanais, R$ 8,9 mil para 24 horas, R$ 7,4 mil para 20 horas e R$ 4,4 mil para jornada reduzida de 12 horas semanais.
Imprimir