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Assassinato de menor no RS motiva internautas a pedirem criação da Lei Bernardo; veja fotos

Da Redação - Katiana Pereira

 O assassinado no menino Bernardo Uglione Boldrini, morto aos de 11 anos após receber uma injeção letal , motivou internautas a pedirem a criação da Lei Bernardo. A medida é reivindicada na comunidade -Desaparecido - Bernardo Boldrini – e já possui mais de 73 mil seguidores.

Os participantes da "Corrente do BEm" (o BE maiúsculos são uma referência ao apelido do menino na cidade) falam na criação de um mecanismo legal para que "magistrados tenham mais recurso para interferir e precaver este tipo de acontecimento". A página foi criada pelo estudante Magnos Leandro de Souza, 33 anos, morador de Três Passos, local onde o menino morava com a família.

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A comunidade foi criada no dia 9 de abril, quando Bernardo ainda era dado como desaparecido. Investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelaram que o menino teria sido vítima de um plano cruel para ceifar a sua vida. Os autores e executores da trama seriam o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta do menino, Graciele Ugulini, além de uma amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz. Foi Edelvânia quem confessou o crime e deu pistas para a polícia.

Abandono afetivo

Uma reportagem exibida no Jornal Hoje revela que a residência da família Petry, em Três Passos, no Rio Grande do Sul, era a segunda casa de Bernardo e o maior refúgio do menino. No lugar, ele tinha um quarto e até um armário com roupas. Juçara e Carlos conheceram Bernardo ainda bebê, quando eram vizinhos dos pais do garoto. No ano passado, o menino ficou mais com o casal do que com o pai.

A secretária de Leandro, Andressa Wagner, em depoimento prestado à Polícia Civil, informou que a madrasta de Bernardo não permitia que o menino freqüentasse o consultório do pai. Por diversas vezes, segundo o depoimento, Graciele teria expulsado o menor do local.

Motivações

A polícia não descarta a possibilidade do assassinato de Bernardo ter sido morto devido à herança da mãe, Odilaine Uglione. Ela morreu três dias antes de assinar a separação do pai do garoto. Odilaine receberia R$ 1,5 milhão e uma pensão de R$ 10 mil por mês. Família acredita que ela tenha sido morta por causa de dinheiro.

A avó do menino, Jussara Uglione, demonstra revolta com o caso e expõe uma dúvida que atormenta a família materna desde que a mãe de Bernardo morreu dentro da clínica de Leandro, em 2010, aos 32 anos, quando estavam tratando do divórcio. A investigação policial concluiu que ela se suicidou.

Jussara havia denunciado a madrasta de Bernardo Boldrini por tentativa de asfixiar o neto. Em novembro do ano passado, o advogado da avó enviou um e-mail ao Conselho Tutelar relatando o caso. Famílias que conviveram com o garoto contam que o pai era muito ausente.

O crime

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu de casa, em Três Passos, no noroeste do Estado, no dia 4 de abril. O corpo foi encontrado na última segunda-feira (14), dentro de um saco plástico, enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, a 80 km de distância. Na mesma noite, a polícia prendeu o pai do garoto, a madrasta e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, de 40 anos, amiga de Graciele, sustentando que os três têm envolvimento com o crime, com participações individuais a serem esclarecidas.

Confira algumas das fotos que são exibidas pelos participantes da "Corrente do BEm"


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