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Justiça aceita denúncia contra filhas e genros de Paulo Roberto Costa

G1

 A Justiça Federal do Paraná aceitou, nesta terça-feira (29), mais uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Além de Costa, as filhas dele Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann, e os genros Humberto Sampaio de Mesquita e Marcio Lewkowicz também viraram réus.

De acordo com a Justiça Federal, a denúncia do MPF acusa estes familiares de Paulo Roberto Costa de retirar documentos e dinheiro do escritório de empresa pertencente ao ex-diretor da Petrobras. Segundo o MPF, durante o cumprimento das buscas realizadas pela Polícia Federa (PF), Paulo Roberto Costa ordenou que os familiares fossem ao escritório da Costa Global Consultoria, no Rio de Janeiro, e retirassem materiais que poderiam provar as infrações sob investigação na Operação Lava Jato, antes da chegada da PF.

Ainda conforme o MPF, câmeras de segurança do prédio registraram a ação dos reús no dia 17 de março - mesma data em que a operação foi deflagrada. Citando a Lei nº 12.845/2013, o juiz justifica a aceitação da denúncia: "Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa".

Carlos Habib Chater
A Justiça Federal do Paraná também acatou denúncia do MPF contra Carlos Habib Chater e outras nove pessoas pela prática de crimes financeiros e de pertinência a grupo criminoso organizado.

“Segundo a denúncia, o acusado Carlos Habib Chater comandaria grupo criminoso dedicado à prática de crimes financeiros, especialmente evasão de divisas, contando para tanto com várias empresas de fachada, constituídas e mantidas em nome de pessoas interpostas”, diz um trecho do despacho.

Ainda conforme denúncia acatada peça Justiça, Carlos Habib Chater é o líder do grupo criminoso, mandante e executor dos crimes. Também são réus neste processo André Catão de Miranda, Ediel Viana da Silva, Ricardo Emilio Esposito, Katia Chater Nasr, Ediel Vinicius Viana da Silva, Tiago Roberto Pacheco Moreira, Julio Luis Urnau, Francisco Angelo da Silva e André Luis Paula Santo.

Entenda a Operação Lava Jato
A operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março no Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O grupo envolvido teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Alberto Youssef está preso desde o dia 17 de março e é investigado por ser um dos cabeças do esquema.

Na sexta-feira, foi tornada pública uma carta de Costa escrita à mão dizendo que foi ameaçado por um agente da PF na cela da carceragem da corporação. O ex-diretor da Petrobras afirma na carta que um agente da Polícia Federal diz que ele estava criando confusão junto com um dos advogados de defesa, Cassio Quirino, em relação ao pedido de tomar banho e de caminhar no feriado [de Páscoa e Tiradentes].

A Polícia Federal informou que as duas denúncias passarão por procedimentos apuratórios.

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