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Sem Blairo Maggi, cúpula do PR racha sobre quem apoiar para governador; deputados pensam em reeleição

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Detentor da maior bancada individual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o Partido da República (PR) está literalmente ‘rachado’ sobre quem vai apoiar na sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB). Sem a esperada candidatura do senador Blairo Maggi (PR) ao Palácio Paiaguás, os parlamentares republicanos buscam um ‘porto seguro’ para abrigar tantos deputados estaduais. A divisão ficou clara nesta segunda-feira, após reunião-almoço na residência do deputado João Antônio Malheiros (PR), no bairro Boa Esperança, região Leste de Cuiabá.

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“O que mais fizemos é conversar e conversar. É evidente que existem posições diversificadas no grupo, mas com certeza vamos chegar a um denominador comum”, explicou o presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, a quem interessaria uma coligação com o PDT, do senador José Pedro Taques, pré-candidato a governador pela oposição. Fagundes é pré-candidato ao Senado e conta com o apoio de todos os deputados republicanos.

A reportagem do Olhar Direto apurou que é justamente o gigantismo da bancada do PR que se tornou um empecilho para conseguir coligação na chapa de deputado estadual.

Poucos aliados desejam dividir a chapa proporcional com sete deputados estaduais considerados pesos-pesados: Mauro Savi, primeiro secretário da Assembleia Legislativa; Sebastião Rezende, Hermínio Jota Barreto, Emanuel Pinheiro, Wagner Ramos, João Antônio Malheiros e Odonir Ninininho Bortolini, além do suplente Neldo Egon Weirich que tem assumido regularmente, nos últimos dois anos.

A leitura majoritária dos atuais deputados estaduais é de que, mantendo-se na base governista, existe perspectiva de eleger cinco ou seis num chapão com PSD, PMDB e PT – como aconteceu em 2010. Já se marchar com a oposição, o PR conseguiria eleger no máximo quatro deputados – e outros quatro atualmente com mandato ficariam a ver navios.

O principal motivo da dicotomia, contudo, é a ausência do ‘timoneiro’ Blairo Maggi. Além de sair do cenário, em viagem para o exterior, Maggi não deixou indicado o rumo a ser seguido, passando o ‘abacaxi’ para o Wellington Fagundes e a Executiva Estadual.

Nesse contexto, claramente, Fagundes e Emanuel Pinheiro são favoráveis à ida para a oposição. Já os demais deputados estaduais desejam se manter na base aliada.
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