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Julier acusa MP de ser “monstro” usado para investigar e prejudicar adversários políticos

Da Redação - Jardel P. Arruda

O pré-candidato ao Governo de Mato pelo PMDB, o ex-juiz federal Julier Sebastião, acusou o Ministério Público de ser um “Monstro que cresce no seio da democracia”, após o promotor Marcos Regenold revelar ter sido interlocutor entre a Polícia Federal e o ex-secretário de Estado Eder Moraes, que foi preso na quinta fase da Operação Ararath, por algum tempo.

Prado e Regenold afirmam que nunca agiram para 'proteger' Eder Moraes e que a intenção era colaborar com a PF

“Eu fico surpreso com tudo isso. Primeiro com o Supremo Tribunal Federal dizer que o Ministério Público estava sendo usado para fins estranhos, para fins e investigar e prejudicar adversários políticos em prol de uma candidatura no Estado. Não eu quem está dizendo, foi o STF que disse que o MP estava conduzindo investigações desvirtuadas e direcionadas. E, em segundo, fico surpreso em ter sido uma vítima disso”, afirmou o ex-magistrado.

O escritório de Marcos Regenold dentro da sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), bem como sua casa, foi alvo de buscas e apreensões da Polícia Federal nesta terça-feira (21), durante a operação Ararath. Ele e o procurador Geral Paulo Prado são investigados por supostamente terem protegido Eder Moraes.

Contudo, Reganold afirma ter sido somente um interlocutor entre Eder Moraes e a Polícia Federal para envios de provas substanciais, incluindo notas promissórias, cheques, documentos do VLT e referentes a Julier Sebastião e ao ex-presidente do Tribunal de Contas conselheiro Antonio Joaquim.

“É muito temerário e perigoso o uso de instituições estatais para fins políticos. Isso é um monstro que não podemos deixar crescer no sei da nossa democracia. Agora sabemos o porque de terem envolvido meu nome nessa operação. Fui vítima de um esquema para prejudicar um grupo político”, disse Julier Sebastião, em entrevista ao Olhar Direto.

Contudo, o ex-juiz federal preferiu não dizer qual grupo político estaria por traz das supostas manipulações e direcionamento das investigações do Ministério Público.

"Foi criado um link de conversa entre Éder e os policiais, através de uma conta de email, onde os mesmos solicitaram e receberam diversos documentos de transações que aparentemente não guardam relação com a investigação Ararath, como por exemplo, a construção do VLT e eventuais fatos que soubesse a respeito do Conselheiro do TCE Antonio Joaquim, bem como fatos relacionados ao então Magistrado Julier Sebastião, cuja investigação era de presidência do Delegado Guilherme Torres", declarou Reginold (veja aqui).
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