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Deputados avaliam que Operação Ararath substitui pedido de CPI da Trimec na Assmebleia por investigar “casos idênticos”

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

As investigações da Operação Ararath sobre a possível ligação do poder público de Mato Grosso com factorings, pagamentos duvidoso e lavagem de dinheiro, entre outros, torna desnecessária a CPI da Trimec e Empreteiras, proposta no ano passado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. E a tese é sustentada pelo próprio autor do pedido da CPI, deputado Dilmar Dal’ Bosco (DEM), revelada antes participar de reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás, na manhã desta quarta-feira (04).

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A mesma opinião tem o deputado Wagner Ramos, vice-líder do PR na Assembléia Legislativa, mas com ponto de vista diferente do colega democrata. “Para mim, até que se prove o contrário, o governador é inocente. O senador Blairo [Maggi] é inocente. Caso não seja provado o contrário, acredito na inocência deles [Silval e Maggi] e de todos”, pontuou Ramos.

“Creio que está vindo à tona, na investigação da Polícia Federal [na Operação Ararath] praticamente tudo o que apresentei, na justificativa da CPI, como imprescindível na apuração”, ponderou o parlamentar democrata, para a reportagem do Olhar Direto. Dilmar não quis fazer juízo de valor sobre as suspeitas que recaem sobre Silval Barbosa e o prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, entre outros homens públicos investigados no processo.

“Seria leviano em fazer acusações. Não faço isso. Não vou macular antecipadamente a honra de ninguém. A responsabilidade [de apontar os culpados e provar] é do Ministério Público e da Polícia Federal e, portanto, temos de aguardar”, emendou Dilmar.

Wagner Ramos fez a defesa prévia de Silval até mesmo da suspeita da assinatura de aval em nota promissória encontrada no cofre da Global Fomento Mercantil, de propriedade de Júnior Mendonça. “Quem garante que ele assinou? E se não for original [a assinatura] no papel? Filmaram ele assinando?”, questionou Wagner, que foi um dos primeiros a chegar para a reunião de Barbosa com os deputados estaduais para discutir as prioridades dos últimos seis meses de governo.

Em entrevista concedida nesta terça-feira (03/06), após se reunir com os dirigentes dos poderes, Silval Barbosa não confirmou tampouco negou ter assinado a Nota Promissória de R$ 702 mil, na condição de avalista, apreendida na factoring de Júnior Mendonça. “O processo corre sob segredo de Justiça. Não posso declarar nada”, limitou-se a argumentar para a reportagem do Olhar Direto, sobre o tema, na ocasião.

Silval disse também que não autorizou ninguém a falar em seu nome, seja para emprestar dinheiro ou dar ordens. “Ninguém fala por mim. Jamais autorizei. Cada secretário de Estado cuida da gestão de sua pasta”, assegurou Barbosa.

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