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Notícias / Educação

Professores em greve mantêm ocupação na Câmara de Goiânia

G1

 Os trabalhadores da rede municipal de ensino passaram a madrugada desta quarta-feira (11) no plenário da Câmara de Vereadores de Goiânia. Eles ocuparam o local após os parlamentares rejeitarem o pedido de impeachment contra o prefeito Paulo Garcia (PT), protocolado pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), que representa a categoria. Os trabalhadores estão em greve desde último dia 26.

Na tentativa de enfraquecer o movimento, a direção da casa desligou as luzes, o ar condicionado e fechou os banheiros do local. Porém, durante a noite, os servidores improvisaram uma fiação elétrica, iluminando parcialmente o plenário.

Os servidores afirmam que vão permanecer no plenário até que ocorra uma nova negociação. “Tem que haver negociação, que é a mesma condição para o fim da greve”, afirma Hugo Rincon, um dos representantes do comando de greve. Às 8 horas, eles devem começar uma assembleia para definir as atividades desta quarta-feira.
A categoria já havia invadido o plenário da Câmara em outubro do ano passado durante a última greve. Na ocasião, a ocupação durou 13 dias e os grevistas só aceitaram deixar o local depois que o prefeito assinou um acordo se comprometendo a atender algumas das exigências dos servidores.

Reivindicações

A categoria reclama que a Prefeitura de Goiânia não cumpriu o acordo firmado entre as partes em outubro do ano passado, após os servidores pararem as atividades.

Dentre as reivindicações estão o aumento salarial e o retorno de gratificações e o cumprimento da data-base da categoria. Além disso, os professores contestam a destinação de dinheiro reservado à educação para quitação da folha de pagamento da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Educação afirma que a prefeitura apresentou uma proposta de reposição da data base em para 1º de novembro e que o órgão está aberto ao diálogo e negociações.

No ultimo dia 3, a Justiça de Goiás determinou a suspensão da greve dos professores, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil para o sindicato. Na decisão, o desembargador Geraldo Gonçalves da Costa, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ressaltou que a paralisação acarretará prejuízo à comunidade, com comprometimento do calendário escolar. No entanto, a greve continua.
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