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Estrangeiros aproveitam Copa para ganhar dinheiro no RJ

Terra

 es cervezas son diez reales" (ou três cervejas por dez reais, em português), gritava um argentino na tarde desta terça-feira em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Não são só os brasileiros que aproveitam o movimento de pessoas na praia de Copacabana, onde está montada a arena Fifa Fan Fest do Rio, para faturar uma grana. Os estrangeiros também estão fazendo de tudo um pouco para ganhar um trocado no meio da multidão.

Com uma tímida caixa térmica, o argentino Gonzalo Mujica, de 29 anos, vendia cerveja antes da partida entre Brasil e México. Disse que o objetivo era ajudar a custear a viagem dele e da namorada pela América Latina, que já dura sete meses e está tendo uma parada de duas semanas no Brasil. Ele, que está dormindo num trailler com a namorada, contou que não está tendo problemas para vender bebidas. "Tenho que ter cuidado com a fiscalização. Mas os fiscais não apreenderam nada, no máximo dizem para eu mudar de lugar", disse Mujica.

O artesão Matías Ricarte, de 35 anos, trouxe de Buenos Aires brincos, colares e objetos de decoração que fabrica e expôs o material na areia de Copacabana, junto ao calçadão. Ao lado, vendedores brasileiros também exibiam seus trabalhos. "Há dias que vendo, há dias que não. Mas sou hippie, paz e amor, não tem isso de concorrência", afirmou. No Brasil há duas semanas, ele já passou por outras cidades, como Foz do Iguaçu. E diz que às vezes tem que dormir na areia. "Quando consigo dinheiro para pagar um hotel, eu pago. Se não, durmo na praia. Tomo banho nos chuveiros grátis das barracas de praia", contou Matías.

A argentina María de Los Angeles faz sucesso pintando bandeiras de países nos rostos de torcedores de várias nacionalidades. Morando há um ano em Florianópolis (SC), ela veio para o Rio pois sabia que haveria movimento. Cobra de R$ 10 a R$ 20 por pintura e disse que foi bastante solicitada por americanos. Quando questionada sobre o que acha da seleção argentina, ela é lacônica. "Não gosto de futebol", afirma.
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