O debate sobre o financiamento das campanhas eleitorais deveria ganhar força, neste período, no Brasil. Todavia, o que se vê, inclusive no Congresso, é que o tema novamente deve ser deixado de lado. Dos pré-candidatos ao governo de Mato Grosso, o único que citou a necessidade de mudança no sistema foi José Marcondes Neto, o Muvuca (PHS). Na verdade, o tema deve ser o eixo central da recorrente discussão sobre a reforma política. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir em breve o julgamento sobre a constitucionalidade das doações de empresas privadas a partidos políticos e candidatos. É necessária a proibição da prática. Há décadas, o poder econômico sobre as eleições se mostra mais eficaz que os demais mecanismos. E os gastos com as campanhas não seguem um padrão racional. Isso apenas reforça a necessidade de uma mudança na legislação em vigor e da adoção de um modelo que reduza excessos.