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Notícias / Brasil

Ato contra a Copa leva às ruas bonecões de Alckmin e Haddad

Terra

Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e de coletivos contra a Copa do Mundo realizam um protesto nesta quinta-feira, em São Paulo, com fechamento parcial de duas vias importantes: as avenidas Paulista e Rebouças.

O grupo, composto por cerca de 2 mil pessoas, segundo os organizadores, tem como destino a Marginal Pinheiros. Os manifestantes deixaram a Praça do Ciclista, na Paulista, às 16h20. O ato é acompanhado por diversas entidades ligadas à defesa dos direitos humanos, entre os quais a Human Rights Watch, a Defensoria Pública do Estado e os Advogados Ativistas. Integrantes do Black Bloc também participam.

Com batucada e bonecos gigantes do governador Geraldo Alckmin (PSDB), do prefeito Fernando Haddad (PT), dos secretários estadual e municipal de Transportes, respectivamente Jurandir Fernandes e Jilmar Tatto, além do secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, o protesto pede tarifa zero no transporte público, comemora a revogação do aumento de R$ 0,20, de exato um ano atrás, pede a readmissão de metroviários demitidos durante a greve recente e se posiciona "contra a festa da Fifa,que é para uns poucos".

"A nossa festa se contrapõe a esse modelo da Fifa, pois pode vir quem quiser, e não uns poucos. Vai ser uma festa popular e na pista local da Marginal Pinheiros", afirmou Mariana Toledo, integrante do MPL. Entre os representantes da Defensoria Pública, a preocupação é com a ação do Estado, na figura da PM, durante a manifestação.

"Estamos acompanhando para verificar se vai haver violação do direito de manifestação, como ocorreu no protesto do último dia 12, com excessos durante a abordagem dos policiais", declarou a defensora pública Helena Lahtermaher. "A ação da PM no protesto passado foi desproporcional ante os vários casos de pessoas feridas por estilhaços de bombas e balas de borracha", completou a diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu.

Um carro da Gazeta, que seguia na frente do protesto, foi atacado por manifestantes. Vidros foram quebrados, mas o carro conseguiu avançar.

Black blocs atacaram uma agência do Banco do Brasil na Rebouças, mas pararam após manifestantes do MPL pedirem calma. Uma agência do Citibank, contudo, não teve a mesma sorte e a porta de vidro foi estilhaçada. Ativistas tiraram uma bandeira do Estado de São Paulo que estava em um mastro em frente ao Banco do Brasil foi retirada e jogada em meio aos cacos. Uma agência do Bradesco também foi alvo de ataque.


 
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