Comandar 25% dos recursos do Estado e aproximadamente 20 mil servidores, sendo quase um terço por livre nomeação e contratos temporários, no curto e médio prazos, se tornou o foco do PTB como "poder de negociação" com o PDT e a oposição. Se tiver a garantia de indicar o titular e demais cargos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a maior pasta do governo de Mato Grosso, o PTB deve fechar coligação com o PDT, em apoio à candidatura do senador José Pedro Taques ao Palácio Paiaguás. Isso para vencer uma mágoa recente. Sem consulta aos dirigentes do petebistas, Taques entregou a vaga ao Senado na chapa para a candidatura à reeleição do senador Jayme Campos (DEM) e isso desagradou à militância do partido de Getúlio Vargas. Nos governos Maggi e Silval (2003-2014), a Seduc foi quase um "feudo" do Partido dos Trabalhadores, ora comandada pelo deputado federal Ságuas Moraes (PT), ora pela atual secretária Rosa Neide Sandes. O PTB aprendeu o caminho e deseja dar as cartas, na Seduc, para apoiar José Pedro. Se lhe for negada a maior Secretaria de Estado, a tendência é de que o PTB lance o ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, como candiato ao Palácio Paiguás. Para salvar os dedos, tudo indica que Taques terá de aceitar entregar os anéis.