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Dilma alfineta oposição e libera verba a metrô universitário

Terra

 Ao lado de Alckmin, presidente afirma que investimentos em mobilidade foram "baixos" antes dos governos do PT

A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou nesta quinta-feira, em São Paulo, a liberação de pouco mais de R$ 4,33 bilhões para obras de mobilidade urbana, drenagem e saneamento e prevenção de enchentes. Desse total, R$ 1,7 bilhão foi liberado ao governo de São Paulo, via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a Linha 6-Laranja do Metrô, que vai contemplar, entre seus 633 mil usuários/dia previstos, principalmente estudantes de seis universidades privadas – Unip, Mackenzie, PUC-SP, FMU, Faap e FGV.

Os recursos compõem a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e foram anunciados em cerimônia na prefeitura de São Paulo, onde Dilma se reuniu com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT).

Poucos dias após ser alvo de críticas na convenção nacional do PSDB – na qual o senador Aécio Neves foi oficializado candidato do partido à Presidência -, Dilma foi chamada por Alckmin de “mensageira de boas novas a São Paulo”. Mesmo assim, fez questão de citar como obras que recebem recursos do governo federal tradicionais bandeiras hasteadas pela gestão Alckmin, como o Rodoanel e o Ferroanel.

Em pelo menos duas oportunidades, os investimentos liberados hoje foram classificados pela presidente como superiores a gestões passadas. "Tivemos muitos anos de baixo investimento em transporte coletivo, enquanto isso, a população continuava se expandindo, e a frota de veículos, crescendo", declarou a presidente, para quem há “a perfeita consciência de que no passado não se investiu em mobilidade urbana nessa dimensão. No governo Lula começamos a fazer esses investimentos”.

Segundo a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos do Estado, o R$ 1,7 bi liberados hoje pelo BNDES integrarão um conjunto total de R$ 9,612 bilhões orçados para o projeto. Desse valor, pouco mais de 53% são do Estado, e o restante, da iniciativa privada. Cerca de R$ 674 milhões serão destinados às desapropriações. Ao todo, serão 15 estações e 13,3 quilômetros de extensão, da Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, na região central.

“O financiamento é importantíssimo porque vai nos ajudar a cumprir nossa parte na PPP (Parceria Público Privada)”, afirmou Alckmin, para quem “o governo federal tem sido um grande parceiro” e para quem a relação com Dilma representa “um bom exemplo de que somos imunes aos ciclos políticos em benefício da nossa população”.

Entre os recursos liberados do PAC para a prefeitura, estão R$ 2,639 bilhões para drenagem e saneamento (R$ 651 milhões) e para mobilidade (R$ 1,988 bilhão). Entre as obras, há as de drenagem e saneamento em Perus e Capão Redondo, na zona sul, e seis corredores de ônibus: os perimetrais Bandeirantes/Salim Farah e Itaim Paulista/São Mateus, o da M’Boi Mirim/Estrada da Cachoeirinha, o Carlos Caldeira, o M’Boi Mirim/Estrada do Guavirituba e o trecho 1 do Belmira Marin.

"Sem dúvida, é a Copa das Copas", diz Dilma
Ainda na prefeitura, Dilma elogiou o andamento da Copa do Mundo no Brasil e o comportamento dos brasileiros em receber os turistas: “O povo desse País que tem essa imensa capacidade de receber com hospitalidade pessoas, turistas, homens e mulheres de todos os cantos do mundo, de encantá-los, de serem gentis e que mostram que têm uma grande autoestima pelo seu País, que tem muito orgulho do País e muito orgulho dessa Copa do Mundo que hoje, sem dúvida nenhuma, é a Copa das Copas”, classificou.

O Mundial completa hoje duas semanas e teve em São Paulo sua abertura com a disputa entre Brasil e Croácia, na qual Dilma esteve presente. “Demonstramos que somos perfeitamente capazes de garantir a segurança, a qualidade dos estádios, dos aeroportos”, afirmou a presidente, após agradecer governos e prefeitos relacionados às 12 cidades-sede do torneio.
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