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Notícias / Economia

Com a Copa na reta final, é hora de liquidar itens temáticos

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 A multidão de torcedores e turistas que invadiu o Brasil nas últimas semanas ajudou não só a colorir ruas, estádios e bares. Deu impulso a alguns ramos de comércio e serviço, sobretudo nas cidades-sede da Copa. Agora, porém, que a primeira fase do campeonato ficou para trás, é hora de rever a estratégia de vendas.

Com a final do Mundial se aproxima também o fim da procura por produtos que remetam ao torneio. A solução é queimar o estoque antes do apito final de 13 de julho. Segundo o consultor de marketing Marcelo Sinelli, do Sebrae São Paulo, a tática tem de ser planejada logo, para evitar imprevistos. “É preciso ter em mãos o plano A, B e C, pensar em curto, médio e longo prazo. O comerciante tem que pensar na promoção das oitavas, quartas, semifinal e final e, ainda, caso o Brasil seja desclassificado.”

O comerciante deve levar em conta o preço dos produtos e a margem de lucro com a qual pode trabalhar. “Se você está vendendo abaixo do preço de custo, não é negócio. Tem que ser um preço convidativo para o cliente, mas não prejudicial ao empresário. O ideal é fazer uma oferta agressiva, mas não suicida”, resume.

É importante avaliar quais produtos entram na liquidação e quais podem ser vendidos em outros momentos. Para desaguar o que passou a ser menos procurado, seja criativo. Uma saída é fazer vendas conjugadas. “Se você trabalha em uma loja de roupas femininas, pode colocar em promoção itens como camisetas e shorts, que são as peças mais usadas pelas moças para assistir aos jogos, e ao mesmo tempo estimular a venda de itens mais caros, com promoções do tipo: Compre o vestido e leve duas camisas da Copa”, exemplifica Sinelli.

O plano só tem chances de dar certo, claro, quando os clientes ficam sabendo. Comunique-se com eles (em redes sociais, se for o caso) e dê atenção especial à clientela cativa. “Se a empresa tem 5 mil clientes não dá para ligar para todo mundo. Se são 50 clientes, vale fazer um contato personalizado, a pessoa se sente bem ao ser lembrada.”

Capriche na vitrine, colocando palavras-chaves como “liquidação” e “imperdível”. Dentro da loja, os produtos em promoção devem estar à vista e bem sinalizados. “É interessante colocar uma etiqueta padronizada, isso facilita a identificação pelo cliente.”

Vale um treinamento especial para a equipe. “O tratamento em relação ao cliente é diferente do normal durante a queima de estoque. Se o cliente falar: ‘Estou só olhando depois eu volto’, o vendedor perdeu a venda. Por isso, tem que ser assertivo e efetivo. É importante treinar a equipe e eventualmente até colocar uma meta, talvez até um pouco mais agressiva”, sugere o consultor.

A empresária Andréa Moras, sócia da loja Sob Medida Pra Vc, adotou estratégias como essas. Montou um estande na galeria Mercadinho Chic, em São Paulo, só para vender as peças em promoção, que não incluem somente itens do “uniforme canarinho”. Os descontos serão progressivos, e a loja terá um visual bem chamativo, todo vermelho. “A ideia é vender peças com as cores da bandeira, mas que podem ser usadas depois da Copa, em ocasiões formais ou casuais.”

São calças brancas, regatas verdes, amarelas ou azuis que em dia de jogo ficam com a cara do Brasil e, em dias pós-Copa, servem para sair ou trabalhar. Além disso, a queima de estoque será divulgada por meio de plataformas sociais, como Facebook e Instagram, e-mail e um recurso offline eficiente: panfletos distribuídos na entrada da galeria.
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