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Campos diz que há “campanha terrorista” sobre Bolsa Família

Terra

 O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira que está em curso uma “campanha terrorista” de que, se eleitos, tanto ele como o candidato do PSB ao Planalto, Aécio Neves, irão acabar com o Bolsa Família, programa do governo federal criado em 2003, durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Isso é algo absolutamente nefasto, não se faz”, disse Campos durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e portal UOL. A declaração do candidato, que é ex-governador de Pernambuco, foi feita em meio a resposta que deu para tentar explicar seu mau desempenho no Nordeste - pesquisa mais recente feita pelo Datafolha aponta que Campos tem 11% das intenções de voto da região, pouco acima dos 9% que tem em todo o País.

“A campanha começou no domingo passado. As pessoas vão tomar conhecimento de que eu sou candidato. Até no interior de Pernambuco tem lugar onde as pessoas não sabem que eu sou candidato”, disse Campos. “Posso dizer que, quando chegar ao final de agosto, a realidade no Nordeste será absolutamente diferente. Acredito que vou ganhar a eleição no Nordeste e que isso será muito importante para ganhar a eleição no Brasil”, continuou.

Embora tenha falado em “campanha terrorista” sem citar diretamente o governo, Campos não poupou críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição. “Ela vai ficar conhecida como a presidente que entregará, pela primeira vez no ciclo democrático, o País pior do que pegou”, afirmou. “Acho que o Brasil torceu muito para que a Dilma desse certo, mas ela jogou fora essa oportunidade, não teve capacidade politica”, completou.

Questionado sobre se é a favor ou contra a reeleição de presidentes, o candidato do PSB disse que, mesmo que seja eleito em outubro, não pensa em reeleição. “Sou a favor do fim da reeleição. Meu partido já falou isso há mais de cinco anos, dentro das propostas de reforma politica, com mandato de cinco anos sem reeleição. É possível fazer política de outro jeito, sem pensar em reeleição”, declarou.
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