Um laudo concluído pela Polícia Civil sobre as causas do acidente com a queda de um guindaste durante as obras de construção da Arena Corinthians, em novembro, apontou problema no solo como causa, de acordo com a edição online do jornal Lance! Por conta disso, nove pessoas serão indiciadas, sendo sete delas empregados da construtora Odebrecht.

Luiz Antônio da Cruz, delegado responsável pela investigação e titular do 65º distrito policial, explicou que o problema foi causado no solo superior, na primeira camada, cuja compactação não foi suficiente para aguentar o peso do guindaste. De acordo com ele, o guindaste se locomoveu, parou uma vez e depois seguiu, operação que deveria ter sido paralisada.

Sete indiciados são empregados da Odebrecht, que tinha responsabilidade sobre a operação, enquanto que outros dois são da Locar, empresa responsável por fiscalizar o processo. Entre eles há engenheiros, técnicos e responsáveis pelas escavações. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público de São Paulo no final do mês, e as penas podem chegar a até três anos de prisão.

No acidente de novembro, o guindaste que içava uma das peças da estrutura de cobertura do estádio caiu, danificou parte das estruturas das arquibancadas e atingiu um caminhão parado em local próximo. Fabio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira dos Santos morreram no episódio. Em nota, a Odebrecht discordou do indicamento e prometeu dar esclarecimentos ao final do processo. Já a Locar afirmou que os funcionários não foram notificados.