Moradores, comerciantes, amigos e familiares da empresária Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas fazem uma homenagem à sócia do restaurante Guimas, morta numa tentativa de assalto na última quinta-feira, na Gávea. Eles se concentraram em frente ao restaurante, de onde sairam em caminhada até a Praça Santos Dumont, onde ocorreu o crime. Vestidos de brancos e carregando com flores, eles acenderam velas para fazer uma oração na praça. O ato foi convocado por moradores da região.

A irmã de Tintim, Maria Vitória Bittencourt, está presente no ato. Abalada, ela comentou sobre que o chocou o bairro.

- Estamos aqui para pedir saúde, educação e, principalmente, segurança. Minha irmã não teve liberdade para andar no próprio bairro onde viveu. Estamos limitados no nosso direito de ir e vir. Não viemos aqui para pedir segurança só na Zona Sul, mas nas zonas Norte e Oeste também - disse a irmã da vítima.

Tintim, como Maria Cristina era conhecida, foi morta após saír de uma agência bancária do bairro. Ela teria sido seguida pelos bandidos e foi rendida na Praça Santos Dumont. Segundo testemunhas, ela reagiu e os bandidos atiraram. O caso provocou uma forte comoção entre os moradores da região, que reclamam da falta de segurança no bairro e a diminuição do policiamento após a Copa do Mundo.

Na sexta-feira, a Divisão de Homicídios (DH) começou a analisar registros da várias delegacias para tentar identificar a dupla de assaltantes que atacou Tintim. A PM intensificou o patrulhamento na Praça Santos Dumont, onde a empresária foi morta.

Desde janeiro do ano passado, foram registrados 14 casos de saidinha de banco na Gávea. Em pelo menos oito delas os criminosos usaram uma moto — exatamente como fizeram os bandidos que mataram, com um tiro na nuca, a sócia do Restaurante Guimas. Os registros mostram que, na maioria dos casos, os assaltantes atuaram por volta do meio-dia, quando PMs geralmente saem para almoçar. Eram cerca de 13h quando Tintim foi morta.