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Na despedida do Santos, Mancini exalta sua passagem

Folha de S.Paulo

O ex-treinador Vagner Mancini esteve ontem no CT Rei Pelé para pegar seus pertences e se despedir de atletas e funcionários do clube.

Em uma rápida entrevista, agradeceu a jogadores, torcedores, diretoria e imprensa, com quem conviveu por quase cinco meses.

"Futebol é baseado em resultados, e não em uma sequência de trabalho. Se acharam que o meu tinha acabado, é uma decisão que tenho que aceitar", declarou.

Mancini se apegou aos números para dizer que teve uma boa performance no Santos. "Tivemos 61,5% de aproveitamento dos pontos [na verdade, 58,6%], o que foi uma coisa saudável", disse.

"Não saio do clube magoado. Vou confessar uma coisa. O [presidente] Marcelo Teixeira se sentiu desconfortável em me demitir", contou.

No Santos, o treinador teve que lidar com a indisciplina de atletas e brigas internas. Ontem, indagado se jogadores podem derrubar um técnico, preferiu se esquivar. "Difícil responder."

Sobre o futuro, Mancini disse que pretende descansar nos próximos dias, para depois pensar em assumir outra equipe. Com ele, sai o auxiliar Anderson Batatais.

O preparador físico Flávio Oliveira e o preparador de goleiros Eduardo Bahia terão o futuro definido após a vinda do novo treinador.

A diretoria disse ter pressa para anunciar o novo comandante, mas não citou nomes.

"Vamos nos manter totalmente em sigilo sobre as negociações. Muricy [Ramalho] e Vanderlei [Luxemburgo] são dois treinadores de ponta que estão disponíveis, mas o presidente disse que não fará loucura para contratar", falou o diretor de futebol, Adilson Durante Filho.

O cartola confirmou que o técnico Hélio dos Anjos, do Goiás, também foi sondado.

"Houve uma consulta, de forma superficial, para saber qual a situação dele hoje. Não fizemos oferta."
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