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Caso Joaquim: tio de criança defende padrasto acusado pelo crime

R7

 O tio de Joaquim Ponte Marques, de três anos, encontrado morto em Barretos, no interior paulista, em novembro do ano passado, foi o primeiro a ser ouvido na audiência que analisa o caso. Alessandro Mingoni Ponte chegou ao Fórum de São Joaquim da Barra acompanhado da irmã Natália Ponte, mãe do menino. No depoimento, ele defendeu o padrasto da vítima, Guilherme Longo, acusado pela morte da criança.

Ponte disse que era bom o relacionamento entre padrasto e enteado. Segundo ele, Longo parecia se preocupar com a saúde da criança, que era diabética, e ajudava Natália nas aplicações de insulina. O tio disse ainda que sabia que o cunhado tinha voltado a usar drogas.

Apesar de não incriminar o cunhado, Ponte disse que um dia depois do desaparecimento de Joaquim foi até a casa da irmã. Enquanto Natália e Longo estavam na delegacia, ele ficou sozinha na residência. Nesse momento, ele atendeu uma ligação a cobrar de um homem que disse ter visto Guilherme Longo jogar o corpo do menino em um córrego.

Para o advogado do padrasto, Antônio Carlos de Oliveira, essa ligação que o irmão de Natália disse ter recebido não prejudica seu cliente. Para ele, o depoimento do tio do garoto vai contra as investigações da polícia e comprova que Longo não tinha motivos para matar a criança. Alexandre Durante, advogado que acompanha o pai de Joaquim, e é assistente da promotoria no processo, disse que é preciso considerar todo o tipo de prova.

Depois do fórum, o tio e a mãe de Joaquim deixaram o fórum sem falar com os jornalistas. Um grupo de pessoas fez um protesto do lado de fora do fórum.

A audiência para ouvir o pai de Joaquim, marcada para a próxima sexta-feira (8), naõ deve acontecer. Ele alegou motivos pessoais para não ir ao Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Durante disse que foi feito um pedido à Justiça para que ele seja ouvido em Ribeirão Preto.

O caso

Joaquim Ponte Marques, de três anos, morreu em novembro do ano passado. O corpo dele foi encontrado em um rio na cidade de Barretos cinco dias depois do desaparecimento. As investigações da polícia concluíram que a criança foi morta depois de receber uma alta dosagem de insulina aplicada por Guilherme Longo. Depois do crime, ele jogou o corpo no córrego que fica perto da casa onde a família morava.

O MP (Ministério Público) acusa o padrasto de cometer o crime e a mãe de ser cúmplice. O padrasto, Guilherme Longo, e a mãe do menino, Natália Ponte, respondem por homicídio triplamente qualificado. Longo ainda é acusado de ocultação de cadáver.

Guilherme está preso na penitenciária de Tremembé, no interior paulista. A mãe de Joaquim chegou a ficar detida por um mês, mas conseguiu um habeas corpus. Ambos negam participação no crime. As audiências para ouvir Longo e Natália estão marcadas para o mês que vem.
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