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Em Diadema, Padilha promete 700 mil moradias e critica 'racionamento sujo'

G1

 O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, prometeu nesta quarta-feira (6) que, se eleito, vai construir 700 mil moradias em parceria com o governo federal. Além disso, fez novamente críticas à falta d'água, afirmando que o estado aplica um "racionamento sujo".

Padilha rebateu declarações de Alckmin sobre o uso político da crise da água. Na segunda (4), o governador disse que adversários fazem "exploração política" do caso durante sabatina do jornal "O Estado de S.Paulo".

“Política é matar o Cantareira só por causa de eleição", disse o petista. Questionado sobre o que achava da declaração de Alckmin de que Padilha subestima o eleitor ao fazer análise da crise hídrica, o ex-ministro da Saúde voltou a dizer que o tucano não fez as obras necessárias para evitar o colapso no sistema de abastecimento.

"Subestimar inteligência é, diante de uma crise como essa, ao invés de fazer as obras que tinha que fazer, ele quis tirar água do Vale do Paraíba, que precisa de água para crescer gerar empregos, para reduzir a dependência do Cantareira", afirmou. “A única obra que ele inaugurou de água foi o volume morto.”
Além disso, ele acrescentou que cidades sofrem com corte de fornecimento. “O atual governo do estado aplica um racionamento sujo desde dezembro do ano passado. (...) As pessoas abrem a torneira e vem água suja, vem água com cor escura.”
Promessa de 700 mil moradias
Depois de visitar as empresas nesta manhã, o candidato do PT fez uma caminhada pelo Serraria, bairro populoso da periferia de Diadema, no ABC, onde conversou com comerciantes e moradores. Seguido por um grupo de militantes, ele visitou o Conjunto Habitacional Serraria, inaugurado pelo programa federal Minha Casa Minha Vida, em 2010. Nesse conjunto moram ex-moradores da Favela Naval, que ficou conhecida por caso de violência policial.

Durante o encontro, ele prometeu construir 700 mil unidades habitacionais em parceria com o Minha Casa Minha Vida durante os quatro anos de governo. Padilha afirmou que o programa já entregou ou está em fase de construção de 600 mil unidades e contou com “pouquíssimo” apoio do governo estadual.

Para conseguir construir as 700 mil unidades, ele disse que irá destinar 1% do valor
arrecadado em ICMS pelo estado, cerca de R$ 1,8 bilhão, no setor da habitação. Segundo Padilha, esse investimento já é previsto em lei descumprida pela administração estadual.

“Eu vou fazer parceria com a presidenta Dilma para trazer pelo menos 700 mil moradias para São Paulo, cumprindo o que a lei de São Paulo estabelece que é aplicar R$ 1,8 bilhão por ano em moradia e que o atual governo do estado não cumpre”, afirmou.

Caminhada para retomar reduto do PT
Nesta manhã, Padilha visitou fábricas em Diadema, no ABC, e realizou caminhadas pela cidade. Desde as 6h30, o petista parou em diversos pontos tentando alavancar a candidatura na cidade que foi governada durante vários mandatos pelo PT desde os anos 80 - o partido deixou a prefeitura após 12 anos no comando, em 2013.
“O povo de Diadema, que já se arrependeu de ter acreditado em um papinho que tirou o PT e quer de volta, não pode titubear em relação à eleição da presidente Dilma. A gente tem que saber que quem tem compromisso para o Brasil continuar mudando, defendendo as pessoas que mais precisam, garantido emprego, crescimento, mais desenvolvimento, é a turma do Lula”, afirmou.

Nas últimas eleições, o candidato do PV, Lauro Michels, bateu o petista e então prefeito Mário Reali.

Pela manhã, o ex-ministro da Saúde de Dilma Rousseff visitou padarias da região. Ele estava acompanhado de Reali e de José de Filippi Jr., também ex-prefeito de Diadema e atual secretário da Saúde da cidade de São Paulo. O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, também integrou a comitiva.

Em seguida, ele foi às empresas de autopeças Delta e Belga, no bairro do Serraria. Funcionários disseram ter sido liberados para acompanhar o pronunciamento de Padilha, que subiu em duas cadeiras para discursar, em frente à Delta, que produz peças para fogão.

Padilha abordou diversos temas e afirmou que o estado de São Paulo precisa crescer e ter cada vez mais fábricas, e que o brasileiro precisa ter mais condição para viajar e comprar carros. "Quanto mais carro é feito, mais estamparias têm que ser feitas e, com isso, cresce cada vez mais o emprego", disse.

Ele voltou a criticar a segurança no estado e disse que quer montar uma polícia "que proteja o trabalhador". “Quantos de vocês trabalharam, se esforçaram, molharam o macacão para comprar um celular e, quando chega no ponto de ônibus, antes de chegar em casa, alguém rouba?", questionou.

Padilha ainda criticou a gestão do adversário Geraldo Alckmin (PSDB) com relação ao hospital do Serraria. “Quantas vezes um filho, um parente, precisou de um atendimento nesse hospital? Nos últimos anos, o governo do estado de São Paulo vem reduzindo o número de médicos, vem reduzindo os equipamentos do hospital. Foi isso que o governo fez com o hospital do serraria: tirou 30% do funcionamento do hospital”, declarou.
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