Um acúmulo de espuma branca foi flagrado pela reportagem da EPTV em um córrego entre Sertãozinho (SP) e Pontal (SP) esta semana. De acordo com a direção regional da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a estiagem prolongada na região agravou a poluição das águas. Para um ambientalista que esteve no local, as condições do curso d'água podem causar mortandade de peixes e riscos à irrigação de lavouras.

A substância branca e densa vista no córrego, segundo o diretor regional da Cetesb Marco Antônio Sanches Artuzo, é resultante do remanescente do esgoto despejado após o tratamento. Com a seca, as substâncias poluidoras ficaram mais visíveis.

O ambientalista Paulo Finoti suspeita que a espuma branca possa ser de um esgoto clandestino, de um vazamento na rede ou ainda de alguma indústria próxima que esteja produzindo detergente.

Ele avalia que esse tipo de poluição pode prejudicar não só os peixes, que não têm condições de oxigenação e acabam morrendo, mas também causar problemas de saúde às pessoas que eventualmente pescam os poucos sobreviventes.
Ele também destaca que essa água não deve ser usada na irrigação de lavouras. “Ela pode levar doenças patogênicas e outras substâncias - até parte do próprio detergente -, que vão causar problemas de forma geral e, futuramente, ao ser que vai se alimentar dessa plantação”, ressalta.