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Neri afirma que sempre esteve empenhado na campanha de Lúdio e Wellington

Da Redação - Lucas Bólico

“Estou envolvido por inteiro nessa campanha”. A fala é do ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB), que há cerca de uma semana entrou em uma crise com o partido por não ter declarado seu voto oficialmente aos candidatos da coligação “Amor a Nossa Gente”, liderada pelo PMDB, PT e PR. Agora, Neri, que chegou a ser ameaçado de expulsão do partido pelo presidente estadual da legenda, Carlos Bezerra (PMDB), assevera que está apoiando todos os candidatos da coligação desde o começo da campanha.

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“Ajudei até a escolher o suplente de Wellington e ele é um homem que realmente trabalha para trazer melhorias à população. Esse grupo em que estou foi o grupo que me deu sustentação, nós juntos conseguimos um espaço extraordinário em Brasília para trazer conquistas para o nosso Estado e caminhamos juntos agora também”, declarou Neri, de acordo com a assessoria de imprensa de Wellington Fagundes.

O ministro sustenta que a eleição de Fagundes ao Senado é importante para reforçar a bandeira do agronegócio em Brasília.

“O Wellington tem uma ligação muito íntima com o agronegócio, tanto na questão da logística de escoamento, quanto em relação à produção. Ele foi essencial enquanto deputado federal para nos ajudar a resolver os problemas que estávamos enfrentando com armazenagem, por exemplo. E o setor produtivo do nosso Estado sabe que o que eu fiz enquanto ministro, sempre tive o auxílio dele”, pontuou.

A crise

O princípio de crise entre Geller e o PMDB foi rapidamente contornado pelo partido. Mas o deputado federal Carlos Bezerra não fez questão de esconder a irritação ao comentar a negativa do ministro em declarar seu voto aos aliados na semana passada.

“Isso é no mínimo um absurdo. Um filiado do PMDB que é ministro por um trabalho partidário, se negar a declarar voto quando estamos compondo uma chapa majoritária com o PT. Cabe até expulsão, isso é gravíssimo”, disse o deputado em entrevista ao Olhar Direto no último domingo (3).

Dois dias depois da declaração de Carlos Bezerra, Neri declarou oficialmente apoiar Lúdio e Wellington Fagundes. A justificativa dada pelo ministro para não ter confirmado seu apoio à coligação “Amor a Nossa Gente” quando questionado durante o Circuito Aprosoja foi de que ele estava em um evento oficial e não político. Se a declaração não convenceu os militantes mais aguerridos, ao menos serviu para apagar o incêndio e acalmar os ânimos. O temor era que Geller estivesse atuando nos bastidores em prol de Pedro Taques (PDT), candidato da oposição que tem como vice o presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro (PP).

“Não falei meu candidato naquela oportunidade porque se tratava de um evento oficial e poderiam dizer que eu usei a máquina pública, avião e outras coisas, para fazer campanha. Eu não podia falar qual meu candidato porque era uma orientação da presidente da República. Não quis polemizar”, declarou.
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