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Arruda usa sabatina com comerciantes para explicar suposto golpe que o tirou do poder em 2009

R7

 O candidato ao governo do DF, José Roberto Arruda, usou a sabatina promovida pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF) na manhã desta segunda-feira (11) para se defender das acusações que o tiraram do poder em 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora e o prendeu sob acusação de compra de votos de parlamentares da Câmara Legislativa.

— Um líder não pode fraquejar na hora do desastre. Se eu não me levantasse, centenas de milhares de pessoas que ficaram órfãs daquele projeto de futuro não teriam como se juntar em torno de um ideal. Voltei para reunir pessoas que desejam um futuro melhor para Brasília, pessoas que não se vendem por cargos. Eu caí por uma de minhas qualidades que é não aceitar chantagens.

Segundo Arruda, sua queda aconteceu porque a oposição não suportava o fato de que 80% da população do DF aprovava seu governo. Por isso o tiraram do poder mas "não se prepararam para governar e afundaram Brasília”.

— Foi o maior desgoverno dessa capital. Acabou com o setor privado e inviabilizou nosso futuro. Andei no Areal, de cada cinco lojas, três estão fechadas. Os comerciantes pedem: Arruda, volta logo, antes que a gente quebre.

Ao comentar sobre o alto índice de criminalidade na cidade, o candidato foi enfático.

— Um governador que é vaiado durante uma formatura da Polícia Militar deveria pedir para sair.

Segundo Arruda, em seu governo, quando tinham dois homicídios no final de semana, o secretário de segurança era demitido - fato que não ocorre atualmente.

— Esse governo está com policiais desrespeitados, sem coragem de ir para as ruas. Quem perde o comando sobre sua polícia, perde o governo.

Arruda disse ainda que é preciso recuperar os órgãos e as estatais do Distrito Federal. De acordo com Arruda, a CEB (Companhia Energética de Brasília), está quebrada. Ele relatou ter conhecimento de um prédio em Águas Claras, cidade satélite do DF, que tenta há 11 meses ligar a luz nos apartamentos que precisam ser entregues. E citou outros exemplos.

— A Terracap também está quebrada, tentando concorrer com o setor privado. Isso seria ridículo se não fosse trágico. Recuperar as empresas é o primeiro desafio, depois é amparar o aparelho de Estado. Eu governei com 16 secretários e confesso que tinha dia que não conseguia despachar com todos. Hoje, são 40, alguns nem conhecem o governador.

Questionado sobre qual a solução para os problemas que apontou em Brasília, Arruda disse que é preciso aumentar o nível de investimento para pelo menos 3% da receita total, prevista para ser de R$ 33 bilhões em 2015. Ele também pretende diminuir a folha de pagamento, cortar as secretarias pela metade e cortar despesas.

Arruda

José Roberto Arruda é candidato da coligação PR-PTB-DEM-PMN-PRTB. De acordo com a última pesquisa de intenção de voto, divulgada no dia 30 de julho pelo Ibope, ele tem 32% da preferência do eleitorado. O atual governador Agnelo Queiroz (PT), vem em segundo, com 17%. Rodrigo Rollemberg (PSB) aparece em terceiro lugar, com 15% das intenções de voto, em empate técnico com Agnelo. Ele é o quinto e último candidato a ser ouvido pela federação, que informou não ter convidado Perci Marrara (PCO) por conta da sua inexpressividade nas pesquisas de intenções de voto.
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