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Goleiro do Operário acusa torcida mineira de racismo, se revolta e é expulso

Da Redação - Wesley Santiago

O goleiro Igor do Operário de Várzea Grande acusou a torcida do Tombense (MG) de tê-lo chamado de ‘Macaco’ durante a derrota da equipe mato-grossense por 2 a 1 no último domingo (08). Transtornado, o atleta foi expulso após chutar uma bola na direção dos torcedores. O presidente do clube, Geovanni Banegas, se revoltou com a arbitragem e disparou: “Fomos literalmente roubados”.
 
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Os insultos teriam ocorrido já no fim do segundo tempo, quando o goleiro acabou se revoltando com a situação: “Fui chamado de macaco no aquecimento. Bati um tiro de meta e me xingaram. Bati outro e me chamaram de Aranha”, relatou ele na saída de campo. O atleta foi expulso de campo pelo árbitro da partida. Transtornado o jogador acabou pegando a bola e chutando na direção dos torcedores.
 
A Polícia Militar teve de intervir e acalmar os ânimos. A partida ficou paralisada por 13 minutos enquanto a situação era resolvida.  Dois torcedores foram encaminhados pelos agentes para a delegacia Um deles foi reconhecido pelo goleiro como o autor das injúrias raciais e o outro seria uma testemunha do acusado. Um Boletim de Ocorrência foi registrado pelo atleta do Operário.
 
“Infelizmente isso faz parte do futebol. O Igor chamou o juiz uma vez, duas vezes, três, até que perdeu a cabeça e mandou aquela bola na torcida. Agora ele está tranquilo”, informou o presidente do Operário. O assunto foi pauta durante toda a semana, após o goleiro Aranha ser ofendido por alguns torcedores gremistas.
 
No dia 25 de agosto o atleta do Cuiabá Esporte Clube, Zambi, também alegou ter sofrido racismo durante um jogo da série C do Campeonato Brasileiro. “Nos chamaram de macacos o tempo todo aqui atrás do banco de reservas e o delegado da partida não fez nada até agora. Isso não pode mais acontecer no futebol. Vou registrar um Boletim de Ocorrência contra isso”, disse à época revoltado com a situação.
 
O presidente do Operário também disparou contra a arbitragem da partida que termina com a derrota da equipe de Várzea Grande por 2 a 1: “O juiz deu cinco cartões amarelos e dois vermelhos para a gente e para eles nenhum amarelo ele deu. Era festa de 100 anos do Tombense. Fomos literalmente roubados e nosso goleiro ainda sofreu com os atos de racismo. O Igor reclamou duas vezes com o árbitro antes de ter a reação que teve e ele não fez nada”. Mesmo com a derrota, o ‘Chicote da Fronteira’ segue líder do grupo.
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