eputado estadual de Rondônia, Adriano Boiadeiro (PRP), retornou à Assembleia Legislativa na tarde de terça-feira. Ele conseguiu na Justiça o direito de voltar a ocupar a cadeira no parlamento, depois de ser afastado por seis meses, sob a acusação envolvimento com um esquema criminoso que fraudava licitações do Governo do Estado, desarticulado em 2011, na operação policial civil que ficou conhecida como “Termópilas”.

Inusitada foi a forma como Boiadeiro chegou a Casa. Paramentado, fazendo jus ao apelido que ganhou na cidade de Nova Brasilândia, na zona da mata rondoniense, chegou montado em uma mula – o animal ainda puxava seu filhote. De berrante na mão ele veio à frente de uma carreata com cerca de 50 veículos, que traziam assessores e correligionários do parlamentar. Na frente da assembleia ele tocou o instrumento e mais tarde discursou em sessão.

“Fui injustiçado. Mesmo assim não guardo mágoas de quem me acusou. O próprio MP me inocentou, tanto que nem formulou acusação. Vou continuar a defender o homem do campo, o peão, que é o povo mais sofrido desse país”, comentou o deputado que também é candidato a reeleição.

Adriano estava afastado da assembleia por medida disciplinar imposta depois de seu nome ser envolvido na operação que levou para prisão o ex-presidente da casa, Valter Araujo (PTB), por fraude em licitações. Outros sete deputados – Jean Oliveira (PSDB), Epifania Barbosa (PT), Ana da Oito (PT do B), Saulo Moreira (PDT), Euclides Maciel (PSDB), Zequinha Araujo (PMDB) e Flávio Lemos (PR) também foram acusados pela polícia de serem beneficiados com o esquema.