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Notícias / Ciência & Saúde

Tumor do menino Ashya poderá ser tratado com terapia de prótons

G1

Garoto britânico foi retirado do hospital por pais e levado à Espanha.
Pais chegaram a ser presos, mas já foram liberados.


O menino britânico Ashya King, portador de um tumor cerebral, poderá ser tratado no Proton Therapy Center (PTC) de Praga, uma vez que os testes mostraram que o câncer não está se expandindo, informaram fontes médicas.
 

O garoto, de 5 anos, vinha sendo tratado de um tumor no cérebro em um hospital de Portsmouth quando, contrariando recomendações médicas, foi retirado do local por seus pais e levado para a Espanha.

O caso provocou grande impacto na Grã Bretanha, já que inicialmente pensou-se que se tratava de um sequestro. Os pais chegaram a ser presos, mas foram liberados e puderam se reencontrar com o filho em um hospital de Málaga. Nesta segunda-feira (8), a família chegou a Praga, na República Tcheca, para onde viajou em busca do tratamento de protonterapia.

"Obtivemos a informação de que o tumor não se expande desde a operação de Ashya King na Inglaterra", afirmou à AFP nesta quarta-feira (10) a chefe do PTC, Iva Tatounova, sem dar mais detalhes.

"O conselho médico do hospital Praga-Motol confirmou a possibilidade de irradiação no PTC. Ao mesmo tempo, será aplicada quimioterapia", indicou, por sua parte, um comunicado do estabelecimento médico, baseando-se em uma série de exames realizadas neste centro. O comunicado não faz referência à propagação do tumor.

"Estamos otimistas e cruzamos os dedos por Ashya, mas ainda é muito cedo para dar um pronóstico", enfatizou, por outro lado, o médico Martin Holcat, do Praga-Motol.

A protonterapia, que não está disponível para o caso do garoto no Reino Unido, consiste em destruir as células cancerígenas irradiando-as com um feixe de prótons nas lesões e evitando os tecidos saudáveis.

Ashya King viajou para a República Tcheca após autorização dada pelo tribunal de Londres. Ele havia sido colocado na semana passada sob tutela da justiça britânica.

Os pais, Brett e Neghemeh King, consideram que o tratamento inicialmente previsto para o menino no hospital de Southampton, no sul da Inglaterra, era muito agressivo, por isso o tiraram de lá sem autorização.

Para financiar o tratamento, os pais, Testemunhas de Jeová, foram para a Espanha para vender uma casa que possuíam no país.


 
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