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Como vizinhas briguentas, Dilma e Marina voltam a se alfinetar

Terra


Só falta um ringue para que Dilma Rousseff e Marina Silva oficializem a briga. As duas transformaram o campo de batalha eleitoral em uma guerra de nervos e egos.
 
O último golpe foi desferido pela candidata do PSB. Em seu programa na noite de terça-feira (23), a ex-ministra provocou a adversária ao sugerir que Dilma deveria se desculpar publicamente por sua gestão no Planalto do Planalto.
 
“Eu preferia que a nossa presidente reconhecesse os problemas e apresentasse um programa (de governo) na forma de um pedido de desculpas, porque ela vai entregar um país pior do que encontrou”, discursou Marina, em comício realizado em Manaus e exibido na TV.
 
Parece ter sido uma resposta às críticas feitas pela petista no Bom Dia Brasil, que promoveu uma série de entrevistas com os principais presidenciáveis. Dilma ligou a rival aos banqueiros, tratados como maiores vilões da crise econômica: “Ela tem um alinhamento claro: tem uma posição favorável aos bancos. Eu não”.
 
Ainda que a declaração de Marina tenha sido feita horas antes do telejornal, acabou servindo, logo depois, como contra-ataque aos torpedos disparados por Dilma.
 
É usando os preciosos minutos da propaganda eleitoral que uma candidata envia recados à outra. Um toma lá, dá cá. Brigam como duas vizinhas rivais em suas respectivas janelas. Em segundo plano fica o debate de soluções para os problemas crônicos do país.
 
Para um país ainda machista como o Brasil, é saudável ver duas mulheres, de origens e perfis tão diferentes, em via de disputar um inédito segundo turno exclusivamente feminino em uma eleição presidencial. Mas poderia ter menos tititi.
 
Essas alfinetadas acabam esvaziando a paciência do telespectador-eleitor.
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