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Exército mapeia novos pontos para buscas no Araguaia

Folha de S.Paulo

O Exército mapeou para buscas no Araguaia, na semana que vem, dois pontos desconhecidos de pesquisadores e historiadores. Seriam áreas de sepultamentos clandestinos de guerrilheiros desaparecidos desde os anos 70.

Para membros civis da comissão montada pelo Ministério da Defesa com o objetivo de procurar as ossadas dos cerca de 60 guerrilheiros, a indicação dos trechos reforça a suspeita de que o Exército tem mais informações do que oficialmente admite.

Um dos dois representantes do governo do Pará no grupo, Paulo Fonteles Filho, disse ter ficado surpreso com a precisão dos pontos apontados. "Ficou nítido para mim que eles parecem saber bem mais do que dizem."

A tese também é considerada possível pelos antropólogos forenses e médicos legistas que participam da comissão.

O Exército jamais admitiu ter documentos que indiquem onde os corpos foram enterrados. Ontem, reiterou o que o comandante logístico do grupo, general Mário Lúcio de Araújo, vem dizendo: os pontos de buscas foram relatados em expedições anteriores e em livros e reportagens sobre o tema.

Também foi selecionado para reconhecimento outro ponto, a partir de informações do major da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió, e ainda três locais já conhecidos.

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