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Cobrança interna e discurso otimista dividem o São Paulo

Folha Online

Só dois pontos separam o São Paulo do lanterna do Brasileiro. E, com a derrota para o Atlético-MG, quinta-feira, o time do Morumbi viu aumentar para 13 pontos sua distância em relação ao líder do campeonato.

A situação ruim da equipe, porém, divide os jogadores do elenco. Enquanto alguns apelam para o otimismo e esnobam a ameaça do rebaixamento, outros cobram seus colegas de elenco por uma reação imediata e o fim das comparações com o Brasileiro-08, quando o time se recuperou de começo ruim e foi tricampeão nacional.

Richarlyson lidera o grupo dos otimistas, que tem também o superintendente Marco Aurélio Cunha como adepto.

"Não pensamos em rebaixamento, mas sim em vaga para a Libertadores e, depois, em título. O campeonato não acabou. Temos muitos jogos ainda, e tudo vai melhorar quando voltarmos a ter uma sequência de vitórias", disse o volante no desembarque do time ontem, no aeroporto de Congonhas.

Mas, contrariando o otimismo de Richarlyson, o abatimento dos atletas são-paulinos era visível. Tanto que, um dia depois da derrota para o Atlético-MG, poucos jogadores aceitaram falar sobre a má fase da equipe neste Brasileiro.

"O momento é de trabalhar mais, falar menos e cobrar mais um dos outros. Temos que nos unir ainda mais", disse Jorge Wagner, suspenso do clássico contra o Santos, no domingo.

Um dos motivos apontados para o mau momento do São Paulo neste ano é a falta de entrosamento entre seus jogadores. Em várias ocasiões, os atletas demonstraram publicamente seu descontentamento.

Ontem, não foi diferente. O motivo do desacordo foi uma frase de Hernanes, que, após o fim do jogo no Mineirão, afirmou que a atuação do time havia sido "vergonhosa".

"Vergonha seria se a equipe não se empenhasse. Mas o que falta é confiança. Cada um tem que fazer mais. Não adianta ficar pensando no que já ganhou", disse Eduardo Costa.

Miranda, que admitiu sua falha no primeiro gol atleticano, também discordou do colega.
"Estamos em um momento ruim. Mas vergonhoso, não. Nossa equipe tem qualidade. Dá para reverter", declarou.
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