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Zelador esquartejado: Justiça vai ouvir dez testemunhas em Praia Grande, onde ele foi queimado

R7

A Justiça vai ouvir mais dez testemunhas no processo do zelador esquartejado e morto em maio deste ano. Essas pessoas serão ouvidas por cartas precatórias porque todas são da região de Praia Grande, no litoral paulista, onde o corpo foi encontrado. Um casal de vizinhos é acusado pelo crime. Durante dez horas, outras 30 testemunhas de acusação e defesa, além dos réus, foram ouvidas na terça-feira (7), na primeira audiência de instrução do caso,segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Entre elas, estavam a mulher e a filha da vítima.

O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, prestou depoimento no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. A mulher dele, a advogada  e a mulher dele, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42, foi ouvida por videoconferência. Ela está preso em Bangu, no Rio de Janeiro, acusada de outro crime.

Depois que o juiz Rodigo Tellini, da 2º Vara do Júri, ouvir todos os depoimentos, o publicitário e a advogada serão interrogados novamente em uma nova audiência, marcada para o dia 3 de dezembro.  

A audiência de terça-feira foi realizada no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista, porque Ieda responde por outro crime no Rio de Janeiro e onde ela está presa em Bangu. A advogada participou por teleaudiência. Já o publicitário, Eduardo Tadeu Pinto Martins, esteve presente no fórum. 

O crime

O zelador Jezi Lopes da Silva, de 63 anos, desapareceu no dia 30 de maio dentro do prédio onde trabalhava, no bairro Casa Verde, zona norte de São Paulo. Na última imagem registrada pelas câmeras de segurança do edifício, ele aparece descendo no 11º andar para entregar correspondências. A polícia começou a desconfiar que o casal havia tinha cometido o crime depois que o publicitário foi flagrado no elevador com uma mala aparentando estar pesada. Na garagem, o casal foi visto colocando a mesma mala dentro do carro. 

Para a polícia e o MP (Ministério Público), o zelador foi assassinado dentro do apartamento do casal por causa de brigas e discussões frequentes que tinham por causa do condomínio. O publicitário foi flagrado queimando partes do corpo em uma churrasqueira na casa de praia da família, em Praia Grande, litoral paulista. 

O casal está preso preventivamente. Martins está no presídio do Tremembé, no interior de São Paulo, e Ieda está no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro. O casal também é acusado pela morte do ex-marido da advogada, José Farias, em 2005, no Rio. A autoria do casal foi confirmada depois do confrontamento da arma encontrada no apartamento dos acusados com a munição que atingiu o empresário. 
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